JPP diz que "Albuquerque está em fim de linha"
A "ausência física de Miguel Albuquerque do Parlamento para ser ouvido no âmbito da audição parlamentar requerida pelo JPP sobre os incêndios devastadores que lavraram na Região durante 12 dias e queimaram cinco mil hectares de floresta" não é aceite pelo secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP), que diz que o governante "mostra ser um governante que vira as costas ao seu povo e está com medo de dar a cara aos deputados, ou seja, é um governante em fim de linha”, sentencia Élvio Sousa.
De acordo com o deputado e líder do JPP, que hoje retomou o assunto em conferência de imprensa, é de "lamentar" fá-lo de "forma corrosiva", pode-se ler numa nota de imprensa do partido. "Infelizmente temos um governante que não respeita o seu povo, pois além de ter voltado à sua espreguiçadeira no areal do Porto Santo, enquanto estavam famílias apavoradas pelos incêndios, demonstra um nível de cobardia política bastante elevado, sobretudo quando se gabou, mas não cumpre, que o seu governo valorizaria o 'papel fundamental do Parlamento no debate democrático'", frisa, citando Élvio Sousa.
"Já não restam dúvidas de que Albuquerque está a fugir às suas responsabilidades ao ter recusado responder aos deputados do JPP, está a esconder-se no covil da Quinta Vigia, não dando a cara aos problemas e a tentar fugir aos eventuais erros graves que tenha cometido na gestão dos incêndios", atira, não poupando o CDS.
"Também o parceiro da coligação não fica incólume na análise do secretário-geral do JPP", garante a nota. Élvio Sousa estranha que "a chama do líder do CDS, José Manuel Rodrigues, se tenha apagado repentinamente", isto "depois de ter exigido publicamente a presença do Governo e de Albuquerque no Parlamento para dar explicações sobre o incêndio". E questiona: "Por que razão anda calado e avassalado?"
Élvio Sousa conclui, salientando que "o presidente do Governo tem afirmado que 'cumpre o Regimento'", mas desmonta "a tese de Albuquerque para mostrar que não diz toda a verdade. 'O Regimento permite-lhe, alegadamente, responder por escrito, mas também podia escolher estar presente, e não faz porque está com medo do confronto', sublinha. 'A ideia da dialética dos debates e do confronto que diz apreciar, é apenas para parecer bem, nada mais do que isso, na hora da verdade, vira as costas'", frisa.