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Madeira

Chega quer valorização de todas as forças de segurança

Foto DR/CH-Madeira
Foto DR/CH-Madeira

O partido Chega (CH) informa que "reuniu com o comandante do Comando Territorial da Madeira da Guarda Nacional Republicana (GNR), o coronel Marco Nunes, para uma discussão sobre os desafios que aquela força de segurança enfrenta na Região. Na reunião, estiveram presentes Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República, bem como Miguel Castro, presidente do CH-Madeira, e os deputados regionais Hugo Nunes e Celestino Sebastião".  

Do encontro, que decorreu nas instalações da GNR, no Funchal, ressalta o enfoque em "temas como a gestão de recursos humanos e materiais, bem como as condições de trabalho dos militares da GNR na Madeira, entre outros assuntos considerados essenciais para o cumprimento eficaz da sua missão".

Na nota de imprensa divulgada esta quinta-feira, refere o CH que no início da reunião, os políticos "fizeram questão de expressar as suas sentidas condolências ao comandante Marco Nunes pelo falecimento de cinco militares da GNR no trágico acidente de helicóptero que ocorreu em Lamego. Em nome do partido, Miguel Castro e Francisco Gomes destacaram a coragem e o compromisso dos militares que perderam a vida em serviço, sublinhando o impacto profundo que tal perda teve nas famílias das vítimas e em todo o país".

Os militares da GNR, com o seu sentido de missão e amor à pátria, são um exemplo inspirador para todos nós. O seu compromisso em garantir a segurança das populações, mesmo perante as mais adversas circunstâncias, reflete um espírito de abnegação que raramente é reconhecido na sua verdadeira dimensão. Esse esforço é a personificação de um serviço de excelência, sustentado por valores de honra e lealdade. Miguel Castro

Durante o encontro, "foram também analisados os desafios que o comando regional da GNR na Madeira enfrenta. Alguns dos assuntos sublinhados pelos presentes foram a falta de recursos humanos, a pouca atratividade da carreira e a dimensão da saúde mental das forças de segurança, que, a seu ver, é verdadeiramente alarmante", salienta o partido.

Nas últimas duas décadas, cerca de 160 elementos das forças de segurança terminaram com a própria vida, 80 dos quais da GNR. Isto revela que é urgente olhar para as situações de tensão e risco que os agentes enfrentam diariamente, muitas vezes sem o apoio psicológico necessário para lidar com os impactos emocionais e traumas acumulados ao longo do tempo. Francisco Gomes

Na reunião, os elementos do partido "aproveitaram ainda para apresentar algumas das propostas do partido destinadas a melhorar as condições de trabalho dos militares da GNR, entra as quais equiparar o suplemento de risco entre as várias forças de segurança, consagrar a carreira de agente das forças de segurança como profissão de desgaste rápido, criminalizar o incitamento ao ódio contra os membros das forças de segurança e rever os planos de prevenção ao suicídio e outras boas práticas na saúde mental", explica a nota.

Para o CH, "estas medidas e outras que têm vindo a ser preparadas e apresentadas pelo partido na Assembleia da República são fundamentais para assegurar a operacionalidade e a eficácia da GNR, assim como para valorizar o papel desempenhado pelos militares na manutenção da ordem pública e na proteção da comunidade", garantem.

É fundamental desenvolver respostas políticas eficazes que assegurem a dignificação das forças de segurança, reconhecendo o papel crucial que desempenham. Isto implica não só a garantia de condições de trabalho dignas, salários justos e oportunidades de progressão na carreira, mas também o acesso a recursos adequados, formação contínua e apoio psicológico para enfrentar os desafios inerentes à sua missão. Francisco Gomes