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Madeira

Produção de lixo em 2023 aumentou quase 31%

Como previsto hoje pelo DIÁRIO. No total, foram quase 312,6 mil toneladas de resíduos sólidos

Foto Arquivo/Helder Santos/Aspress
Foto Arquivo/Helder Santos/Aspress

Segundo estimativa elaborada pela Direção Regional de Ambiente e Mar (DRAM), e divulgada há pouco pela DREM, "a produção global de resíduos, em 2023, na Região Autónoma da Madeira (RAM), rondou as 312,6 mil toneladas, mais 73,8 mil toneladas", o que representa um incremento significativo de quase 31% face ao ano anterior.

De acordo com a Direcção Regional de Estatística da Madeira, "este acréscimo é fundamentalmente explicado pelo aumento verificado na deposição de inertes na ilha da Madeira (+119,3%), sendo que, excluindo este tipo de resíduos no conjunto do arquipélago, a variação na produção global de resíduos na Região seria sempre positiva, mas bastante inferior (+0,8%)", justifica.

Reportando que "uma parte substancial da produção global está relacionada com os resíduos encaminhados para a Estação de Tratamento de Resíduos (ETRS) da Meia Serra, que rondou as 139,5 mil toneladas, -0,7% que no ano precedente", a DREM realça que "esta queda ligeira foi impulsionada pela diminuição de 5,7% na valorização energética (incineração de resíduos sólidos urbanos) e na gestão de resíduos hospitalares (-24,2%)", sendo que "os aumentos de 42,8% dos resíduos depositados no aterro sanitário e de 112,1% da valorização orgânica foram insuficientes para contrabalançar".

Onde aumentou então a produção de lixo? A começar nos resíduos destinados a reciclagem/valorização fora da RAM, que "rondaram as 35,9 mil toneladas, +9,1% do que ano precedente", mas destacando-se também "o crescimento dos pneus (+51,9%), das embalagens plásticas e metálicas (+23,6%) e do cartão (+16,2%). Contrariamente, há a assinalar as reduções observadas nas pilhas (-30,6%) e no papel (-12,7%)", especifica.

Por fim, "considerando a compostagem realizada na ETRS da Meia Serra, a valorização realizada na RAM totalizou 10,3 mil toneladas (+60,8% que em 2022), salientando-se os crescimentos no total de compostagem (+109,8%), na valorização da estilha (+34,3%) e do plástico (+79,3%). Contrariamente, a valorização de pneus (-34,9%) e de resíduos de construção e demolição (-22,0%) diminuíram", conclui esta breve análise.