DNOTICIAS.PT
Madeira

Cimeira Atlântica’25 lança 'teaser' internacional

Edição do próximo ano acontecerá a 14 de Junho, no Funchal

O Mesclarte 2.0 assume-se como plataforma de intervenção através das indústrias criativas, proporciona um encontro anual de experiências que promovem a relação entre agentes das indústrias criativas, reunindo uma diversidade de áreas artísticas e de troca de contactos, debatendo a fundo o ‘Triângulo Atlântico Criativo’ e discutir os principais desafios das indústrias criativas e daquilo que melhor se produz.

Para o efeito, o evento reúne alguns dos melhores activos das indústrias criativas, (empreendedores, artistas e figuras de excelência das sociedades), sendo que o Mesclarte 2.0, a 14 de Junho de 2025, organizado pela Associação das Indústrias Criativas (AIC), contará com um painel de luxo nos discursos de encerramento.

Considerado o ‘pai’ da Economia Criativa, John Howkins será o orador de honra confirmado na edição de 2025 da Cimeira Atlântica das Indústrias Criativas. Esta iniciativa apresenta assim como cabeça-de-cartaz um estrategista líder em criatividade e inovação.

Sobre as indústrias criativas

A AIC reforça que “as indústrias criativas são um catalisador, uma força motriz para o progresso, e o mundo da lusofonia, com mais de 250 milhões de falantes da língua portuguesa, pela sua riqueza cultural, é um palco privilegiado para desenhar as respostas necessárias à construção do trabalho em rede em que a globalização como a conhecemos pode ser francamente alterada”.

Nesse sentido, o programa de trabalho criado para esta cimeira está alicerçado num conjunto de temáticas que pretendem mudar consciências, alertar para novas oportunidades e para o papel que o eixo atlântico pode desempenhar numa nova consciência da geopolítica que interferirá, inevitavelmente, com a Economia.

“As respostas devem, por isso, ser pensadas e integradas num universo do eixo atlântico que fala português em que as soluções devem ser preparadas para quando convocámos os agentes culturais, criativos e económicos possam dizer presente. O legado deixado por várias edições desta cimeira tem sido muito interessante de constatar, dando a conhecer tantas caras de gente que faz acontecer e possibilitando o trabalho em rede”, adianta.

“Estamos convencidos de que através da moda, arte, arquitectura, tecnologia, cinema, jogos, música, tradição, património, gastronomia criativa e entretenimento, mas sobretudo através da partilha de conhecimentos e contactos que as ilhas atlânticas que falam português podem trazer uma nova dinâmica económica e uma visão contemporânea de exportação da cultura e indústrias criativas”, refere a AIC.

De referir que, todos os anos, a organização atribui Homenagens de Mérito e Excelência. Ao longo de 10 anos já foram homenageados Tolentino Nóbrega, João Pestana, Celina Pereira, João Carlos Abreu, Ricardo Veloza, António da Cunha Telles, Manuela Aranha, Zita Cardoso, Teresa Brasão e Abraão Vicente.

O tema para 2025 do Mesclarte - Cimeira Atlântica das Indústrias Criativas será ‘Mesclarte 2.0 - Economia Laranja’, pretendendo abordar a importância da economia criativa para o futuro mundial e o seu impacto na vida e no futuro das novas gerações.

O que é a ‘economia laranja’ e por que razão é importante para o mercado criativo? A organização do ‘Mesclarte’ explica: “O termo também conhecido como economia criativa surgiu com a publicação do livro de John Howkins em 2001. O termo foi citado pela primeira vez no livro The Creative Economy: ‘How People Make Money from Ideas’, do economista e orador de honra da ‘Cimeira Atlântica 2025’, John Howkins. Segundo o autor, a Economia Laranja, ou Economia Criativa, refere-se a tudo que é desenvolvido através da criatividade e inspiração das pessoas e se torna um bem ou serviço.

Segundo Howkins, “a economia laranja ou a economia criativa, pode ser definida em segmentos de bens e serviços, sendo eles: design; artes visuais e cénicas; artesanato; audiovisual; arquitectura; cultura e lazer; pesquisa e desenvolvimento; publicidade e propaganda, tecnologia da informação e comunicação.

“Penso que essa economia ao mesmo tempo que traz a possibilidade de novas culturas e diversidade por atender muitos segmentos, também passa por diversos desafios. Por conta disso, vejo que a economia laranja tem se tornado mais digital, principalmente quando pensamos em como o mercado audiovisual e o sector de jogos estão a ser o grande destaque por meio das plataformas de ‘streaming’, sendo algo positivo para a indústria de entretenimento”, diz John Howkins.

Assim, profissionais que actuam em áreas como arquitectura e urbanismo, artesanato, comunicação ou artistas que trabalham com design, ilustração, desenhos 3D, desenvolvimento de games, animação, fotografia, entre outros, precisam de tecnologias que os auxiliam durante o momento de trabalho.

No entanto, já existem inovações tecnológicas disponíveis como: mesas digitalizadoras, monitores interactivos, notebooks, tablets, câmaras fotográficas, além de programas e softwares que facilitam o trabalho e dão suporte a esses equipamentos.

“Vou além ainda: outra inovação que vai impulsionar o mercado são as NFTs (‘Token não fungível’ ou um tipo diferente de token criptográfico), pois terão um grande impacto nos sectores da economia criativa. Em resumo, com a NFT vamos trabalhar com a representação digital de um activo - como uma obra de arte, por exemplo - registada numa ‘blockchain’, que permitirá que uma (ou mais pessoas) tenham direito sobre aquela obra (ou um pedaço da obra). Podemos estender isso para além das obras de arte, envolvendo games, áudio e vídeo, foto, entre outros. Apenas nos últimos 5 anos, cerca de 23 bilhões de dólares foram movimentados com NFT, provando que já estão revolucionando a economia criativa e trazendo uma nova forma de monetizar os trabalhos de artistas digitais”, diz.

Trabalhar directamente todos os dias com o público relacionado a economia laranja traz novas aprendizagens a cada dia: “Poder incentivar o mercado criativo, através de campanhas, parcerias e investimento, mostra a importância do sector para as pessoas à sua volta”, conclui.

De resto, em termos de cobertura, a Mesclarte 2.0 - Cimeira Atlântica das Indústrias Criativas 2025 será organizada com o apoio editorial do DIÁRIO e da TSF-Madeira.