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António Guterres está a acompanhar "muito de perto" a situação na Venezuela

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Foto EPA

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, está a "acompanhar de perto" a situação na Venezuela, "incluindo a ordem de prisão de Edmundo González", revelou hoje o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.

A justiça venezuelana ordenou a detenção de González Urrutia, candidato da oposição às eleições presidenciais de 28 de julho, por alegados seis crimes relacionados com as suas acusações de fraude nessas eleições, em que Maduro foi proclamado vencedor.

Dujarric acrescentou um apelo ao governo venezuelano "para que respeite plenamente os direitos humanos", bem como endossou as palavras do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que se pronunciou anteriormente a partir de Genebra.

"O que estamos a ver na Venezuela é uma situação muito lamentável, em que as pessoas estão a ser detidas por exercerem o seu direito à participação política, à liberdade de expressão ou à liberdade de reunião", afirmou a porta-voz do gabinete do comissário, Ravina Shamdasani, quando questionada sobre o mandado de captura emitido contra o líder da oposição, Edmundo González Urrutia.

O secretário-geral da ONU já se pronunciou em várias ocasiões para exigir a publicação detalhada dos resultados eleitorais e, até à data, não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro nem lhe enviou felicitações, como é habitual.

Questionado na semana passada sobre se isso significava que o governo de Maduro perderia o seu reconhecimento nas Nações Unidas, o porta-voz de Guterres esclareceu que essa não é uma questão para o secretário-geral, mas para os Estados membros.

Dujarric foi hoje também questionado sobre a apreensão do avião presidencial venezuelano ontem na República Dominicana a pedido dos Estados Unidos e, a esse respeito, considerou "um assunto bilateral entre os Estados Unidos e a Venezuela", ao que não acrescentou mais detalhes.