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Exército libanês detém dezenas de reclusos após fuga de prisão no sul do país

FOTO JOSEPH EID/AFP
FOTO JOSEPH EID/AFP

O Exército libanês disse hoje que deteve "a maioria" dos 132 reclusos que fugiram da prisão de Jezzine, uma cidade localizada no sul do Líbano, próxima de onde se registaram bombardeamentos nos últimos dias por parte de Israel.

"Os serviços de informações, apoiados por uma unidade do Exército e pelos residentes de Jezzine, detiveram a maioria dos 132 reclusos que escaparam da prisão de Jezzine", indicaram as Forças Armadas libanesas, num breve comunicado, referindo que estão a trabalhar para capturar os restantes.

Situada a cerca de 40 quilómetros a sul de Beirute (capital do Líbano), Jezzine está à mesma altitude que o município de Ain al Delb, onde este domingo pelo menos 24 pessoas morreram e outras 29 ficaram feridas num ataque aéreo israelita, segundo o Ministério da Saúde libanês.

Israel continuou hoje a sua intensa campanha de bombardeamentos iniciada há uma semana contra os principais bastiões do movimento xiita libanês Hezbollah no sul e leste do Líbano, mas também nos subúrbios ao sul de Beirute e noutras zonas mais a norte da capital que até recentemente não tinham sido alvo de ataques israelitas.

O Hezbollah confirmou no sábado a morte do líder do movimento xiita libanês, Hassan Nasrallah, horas depois de o exército israelita ter anunciado que o líder xiita pró-iraniano tinha morrido no bombardeamento da sede da organização na sexta-feira, nos subúrbios sul de Beirute.

Israel já tinha matado este mês o chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute.

Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.

Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.

O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes huthis do Iémen.