Aplicação da taxa turística no Funchal prova que Santa Cruz estava "no caminho certo"
"Regozijo-me com a aplicação da taxa turística no Funchal, porque é sinal inequívoco de que Santa Cruz estava e está no caminho certo", afirmou hoje Filipe Sousa, num comunicação remetido às redacções.
O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz (JPP) antecipava, assim, a entrada em vigor da referida taxa na capital madeirense, o que deverá acontecer, a partir da próxima terça-feira.
Turistas passam a pagar taxa de 2 euros no Funchal a partir de 1 de Outubro
Os turistas que pernoitem em unidades hoteleiras e de alojamento local do concelho do Funchal vão pagar 2 euros por dia a partir de 1 de Outubro. Já os passageiros de cruzeiro vão pagar o mesmo valor, mas apenas a partir de 1 de Janeiro. É o resultado da aprovação da taxa turística proposta pelo executivo presidido por Cristina Pedra, esta tarde, na sessão da Assembleia Municipal do Funchal que decorreu hoje nas instalações do Colégio Infante D. Henrique, freguesia do Monte. Só no que resta deste ano, estima-se que esta taxa renda 1,6 milhões de euros para os cofres da autarquia.
"Se faço esta espécie de balanço do clima que acompanhou esta medida da autarquia funchalense, é por me recordar o barulho e a azáfama que foi quando a mesma taxa, de forma pioneira, foi aplicada em Santa Cruz", salienta o autarca, sublinhando que na Madeira "as medidas não valem por si, mas sim pela cor política de quem as executa".
"Assim, uma taxa que era má em Santa Cruz, que ia acabar com o turismo tal com o conhecemos, parece ser óptima no Funchal", atira Filipe Sousa.
O presidente do município Santa Cruz recorda também que a actual presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF), Cristina Pedra, "que, na altura na ACIF, até ameaçou com processo crime contra Santa Cruz por causa da mesmíssima taxa que agora vai implementar no Funchal".
O autarca regista igualmente o "silêncio absoluto" do secretário regional de Economia, Cultura e Turismo, Eduardo Jesus, para quem a taxa turística em Santa Cruz era uma “aldrabice” que “prejudicava a imagem da Madeira”.
"O mesmo silêncio no qual estão mergulhados os hoteleiros e a ACIF, que quando foi o caso de Santa Cruz só lhes faltou anunciar o fim do mundo. Recordo que falaram em prejuízo, em perda de turistas e até em desemprego na hotelaria à pala da taxa que fomos pioneiros e aplicar", acrescenta a mesma nota.
Filipe Sousa realça que "nenhuma destas profecias se cumpriu" e, pelo contrário, Santa Cruz "foi pioneira e hoje já beneficia de medidas proporcionadas pela referida taxa [turística] na atractividade do seu território, quer em beneficiações urbanísticas, quer em cartazes turísticos como o Santa Cruz em Flor e o Natal em Santa Cruz".
Aos críticos, pede ainda "coerência da próxima vez que resolverem atacar medidas" implementados pelo seu executivo. "Vai-se a ver, ainda as copiam", remata.