CDS diz-se "preocupado estabilização dos solos" afectados pelos incêndios
"O CDS-PP Madeira defende que o Governo Regional acelere os trabalhos de limpeza e estabilização dos solos afectados pelos incêndios", manifestou hoje o partido num comunicado remetido às redacções, na sequência de uma visita de José Manuel Rodrigues a algumas das zonas atingidas pelos fogos, no sábado.
O líder dos centristas madeirenses diz ter recebido "muitos alertas de muitos residentes" e realça que "a erosão dos solos é um dos grandes problemas do rescaldo dos fogos, tendo em conta que se aproxima a época das chuvas".
"Se não conseguirmos limpar as toneladas de eucaliptos ardidos, se não sustermos as toneladas de pedra que se desprenderam das encostas e se não contivermos a terra dos terrenos devastados, poderemos ter graves problemas na costa sul da Madeira, em caso de chuvas torrenciais", aponta o CDS, apontando que a situação é "particularmente preocupante na Serra de Água, onde as terras dos dois lados do vale ficaram numa situação de grande instabilidade, mas também no Curral das Freiras, no jardim da Serra, em Câmara de Lobos e na Lombada, na Ponta do Sol".
No Funchal, refere ainda o partido, "a situação é sensível, já que os incêndios estalaram toneladas de basalto que podem descer pelos cursos de água, no caso de fortes chuvas, como já aconteceu num passado recente".
A contaminação das águas pelas cinzas é outro problema que, segundo os centristas, "precisa de ser encarado com celeridade, para defender a qualidade da água de consumo e da água de rega".
O CDS diz ainda saber que, "neste momento, o Governo tem falta de meios humanos para responder às inúmeras necessidades de limpeza e estabilização de taludes das zonas afetadas pelas chamas, nomeadamente rocheiros, e que as empresas privadas estão absorvidas por outras obras".
Não obstante, "estas são tarefas inadiáveis, já que está em causa a segurança de pessoa e de bens", vinca o CDS.
Para o partido a solução passa por "priorizar as zonas de maior perigo e actuar com rapidez por forma a
evitar que derrocadas e cheias de consequências imprevisíveis", pelo que defende que as secretarias dos Equipamentos e Infraestruturas e do Ambiente e Agricultura, com o apoio do Laboratório Regional de
Engenharia Civil, "devem intensificar os trabalhos de avaliação e de
estabilização dos solos".