'Novo' Subsídio de Mobilidade é "mais uma ofensiva aos direitos adquiridos dos madeirenses"
"Para sermos equiparados a portugueses de primeira teremos de esperar que o senhor Governo devolva o reembolso”, diz Élvio Sousa
O secretário-geral do JPP, Élvio Sousa, é outra das vozes a insurgir-se contra o novo modelo do Subsídio Social de Mobilidade, que determina que os madeirenses continuem a ter de pagar as viagens entre a Madeira, o continente e os Açores por inteiro.
"Eduardo Jesus, Miguel Albuquerque e o CDS meteram esta semana a 'viola no saco' perante mais uma ofensiva aos direitos adquiridos dos madeirenses e dos porto-santenses: o de terem a liberdade de viajar sem ter de adiantar às companhias o valor total da tarifa", criticou o também deputado regional.
A portaria do Governo da República (PSD, CDS e PPM) assinada na quinta-feira passada põe fim às aspirações dos madeirenses de pagar apenas, e no ato da compra, os 86 euros (residentes) e os 65 euros (estudantes) para as viagens entre a Região Autónoma da Madeira e o continente", evidenciou Élvio Sousa, realçando que "não haverá reembolso imediato da viagem".
"Haverá uma plataforma electrónica para agilizar o reembolso, ou seja, os CTT serão substituídos por uma página na Internet", clarifica o parlamentar citado em comunicado de imprensa.
Para Élvio Sousa a conclusão lógica desta revisão é que "para sermos equiparados a portugueses de primeira teremos de digitalizar a documentação e faturação, submeter à plataforma e esperar que o senhor Governo devolva o reembolso 'de seguida'”.
O secretário-geral do JPP deixa, porém, a ressalva: "Resta saber quanto tempo levará receber a transferência".
Trata-se, insiste, de "mais um atentado aos direitos autonómicos e à votação por unanimidade do parlamento regional em pagar apenas os 86 euros à cabeça".
Na mesma nota, o deputado diz ainda estranhar "o silêncio do PSD regional", nomeadamente do "progenitor do modelo Eduardo Jesus" e "dos eleitos à Assembleia da República pelo PSD".