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Retiradas 1.400 pessoas no Japão para retirar bomba da batalla de Okinawa

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Foto Shutterstock

As autoridades japonesas retiraram hoje temporariamente 1.400 pessoas da ilha de Naha para remover uma bomba não detonada da batalha de Okinawa, que opôs o Japão aos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.

O explosivo foi encontrado durante trabalhos de saneamento numa zona residencial de Naha, capital da província de Okinawa, no sudoeste do país, em dezembro último, disseram as autoridades.

As Forças de Autodefesa do Japão indicaram que o objeto deve ser uma bomba de 250 quilogramas lançada de um avião militar norte-americano.

A munição tem cerca de 1,2 metros de comprimento e 36 centímetros de diâmetro e foi decidido retirar o detonador por "existir o risco de explosão", o que obrigou a que cerca de 1.400 pessoas a residir ou a trabalhar num raio de 280 metros da bomba enterrada a sair temporariamente da área, a partir das 8:50 (00h50 em Lisboa).

As pessoas retiradas incluem residentes, empregados e hóspedes do hotel, para os quais foram criados três centros de acolhimento.

A batalha de Okinawa foi a única invasão terrestre do Japão pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial e foi uma das mais sangrentas da guerra, com mais de 200 mil mortos, metade dos quais civis.

Estima-se que 200 mil toneladas de munições tenham caído em Okinawa, das quais 10 mil não explodiram.

Em março de 1974, a explosão de uma mina terrestre, enterrada pelo Exército Imperial Japonês (1867-1945), perto de um jardim de infância de Naha, matou quatro pessoas, incluindo uma menina de 03 anos, e feriu 34.

Três meses mais tarde, as Forças de Autodefesa do Japão criaram uma unidade especializada na desativação de bombas não deflagradas com o objetivo de as remover todas, o que poderá demorar mais 100 anos, assinalaram peritos na matéria.

Em 2025, comemora-se o 80.º aniversário da batalha de Okinawa, que ocorreu poucos meses antes da rendição total do Japão e do lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki.

O sangrento confronto durou três meses e matou um em cada quatro habitantes de Okinawa, onde na altura viviam cerca de 94 mil pessoas.