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País

Manifestação anti-imigração convocada para hoje pelo Chega está "descontrolada"

Saiba que mais é notícia este domingo no país e no mundo

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Foto Global Imagens

O partido Chega convocou para hoje, em Lisboa, uma manifestação contra a imigração, que considera estar descontrolada, iniciativa inicialmente prevista para 21 de setembro, mas que foi adiada em solidariedade com as vítimas dos incêndios.

A manifestação tem como mote "contra a imigração descontrolada e a insegurança nas ruas" e estava convocada desde agosto.

Na quinta-feira, o presidente do Chega pediu aos responsáveis autárquicos e policiais que, por razões de segurança, travem uma contramanifestação que disse ter sido convocada também para domingo e para os mesmos locais da manifestação do seu partido.

Contactada pela agência Lusa, fonte da PSP disse ter já "articulado no sentido de alertar as organizações sobre os limites que a lei impõe, tendo também o seu planeamento pronto no sentido de garantir que não haja qualquer constrangimento à realização das manifestações e ao livre exercício do direito de reunião e manifestação".

A população estrangeira em Portugal aumentou cerca de 33% no ano passado, totalizando mais de um milhão de imigrantes a viver legalmente no país, segundo um documento apresentado em junho pelo Governo.

De acordo com o executivo PSD/CDS-PP, a maior parte das autorizações de residência atribuídas em Portugal são para o exercício da atividade profissional.

O documento indica ainda que as migrações contribuem para "a revitalização demográfica e o aumento da população ativa", tendo a maior parte dos estrangeiros residentes em Portugal entre os 25 e os 44 anos.

Estes dados foram apresentados após o Conselho de Ministros em que foi aprovado o Plano de Ação para as Migrações, tendo, na altura, o primeiro-ministro rejeitado "qualquer ligação direta" entre a "capacidade de acolher imigrantes e aumentos de índices de criminalidade".

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O novo Museu da Arte e do Colecionismo de Cantanhede (MACC) é inaugurado hoje, com base em centenas de milhar de peças, doadas àquele município do distrito de Coimbra, pelo médico e político Cândido Ferreira, já falecido.

Reunindo cerca de uma centena de coleções, o MACC está organizado em grandes áreas de colecionismo: pintura, mobiliário e artes decorativas portuguesas, arqueologia, artesanato do mundo, história do dinheiro, história postal, temas de bibliografia e afins.

Cândido Ferreira, médico especialista em nefrologia, nasceu na freguesia de Febres, em Cantanhede, e morreu em Leiria, onde residia, em março de 2023, aos 74 anos.

DESPORTO

O FC Porto recebe hoje o Arouca a precisar de vencer para recuperar o segundo lugar isolado da I Liga de futebol, em encontro da sétima jornada da prova.

Depois de o Sporting ter vencido na sexta-feira em casa do Estoril Praia por 3-0, mantendo o primeiro lugar isolado e o pleno de triunfos em sete jogos, e de o Benfica ter goleado no sábado o Gil Vicente por 5-1, assumindo provisoriamente o segundo lugar, os 'dragões' estão obrigados a vencer hoje para manterem o segundo lugar, a cinco pontos dos 'leões'.

Além do FC Porto-Arouca, a sétima ronda conhece mais três encontros: Famalicão-Nacional, Santa Clara-Boavista e Sporting de Braga-Rio Ave.

INTERNACIONAL

A Áustria realiza eleições legislativas e a extrema-direita poderá pela primeira vez vencer o escrutínio, num contexto de crescimento dos partidos da direita radical em toda a Europa.

Extrema-direita pode obter vitória inédita em legislativas de domingo na Áustria

A extrema-direita poderá pela primeira vez no domingo vencer umas eleições legislativas na Áustria, num contexto de crescimento dos partidos da direita radical em toda a Europa.

O resultado do escrutínio é, contudo, muito incerto, porque mesmo que os mais de 6,3 milhões de eleitores (numa população de nove milhões) deem a vitória ao Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), o seu polémico dirigente, Herbert Kickl, está longe de ter o lugar de chanceler garantido.

O FPÖ operou um regresso espetacular à arena política no país, depois de ter atingido o seu ponto mais baixo há cinco anos, devido ao escândalo de corrupção batizado como 'Ibizagate' e fê-lo utilizando uma retórica certeira, criticando a imigração, as medidas de combate à pandemia de covid-19, a política climática e até as sanções impostas à Rússia, em nome da neutralidade austríaca.

As últimas sondagens atribuem ao FPÖ 27% das intenções de voto e apenas 25% aos conservadores do Partido Popular Austríaco (ÖVP), que sofrem uma queda acentuada.

Embora o FPÖ já tenha experimentado o poder por três vezes na Áustria, um primeiro lugar nas legislativas do próximo domingo poderá ser "um terramoto" para o país alpino, dizem os analistas políticos, embora entre eles exista uma certa unanimidade em relação a um ponto: é maior a probabilidade de uma vitória do que a de Kickl se tornar chefe do Governo, porque os conservadores do ÖVP nunca aceitarão ser o parceiro minoritário numa coligação com o FPÖ, preferindo aliar-se aos sociais-democratas e aos liberais do NEOS -- uma coligação tripartida sem precedentes.