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Irão decreta cinco dias de luto pela morte de líder do Hezbollah

Foto DR/XTwitter/Ali Khamenei
Foto DR/XTwitter/Ali Khamenei

O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, decretou hoje cinco dias de luto público, na sequência da morte do líder do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, morto num ataque israelita na sexta-feira, em Beirute.

"Apresento as minhas condolências pelo martírio do grande Nasrallah e dos seus companheiros mártires e anuncio cinco dias de luto nacional no Irão", declarou Ali Khamenei num comunicado publicado pela agência noticiosa oficial Irna.

O Governo libanês também declarou hoje três dias de luto nacional após o assassinato do líder do Hezbollah num ataque israelita, nos subúrbios a sul de Beirute, um bastião do movimento islâmico pró-iraniano, avançou a agência France-Presse.

"Após o martírio do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, que se junta à lista de pessoas mortas pela pérfida agressão israelita contra o Líbano, é decretado luto oficial", de 30 de setembro a 02 de outubro, anunciou o executivo libanês, num comunicado de imprensa.

As autoridades da Síria, Iraque e Iémen anunciaram igualmente a declaração de três dias de luto pela morte do secretário-geral do partido miliciano xiita libanês num bombardeamento israelita em Beirute.

Segundo meios de comunicação iranianos, citados pela agência Europa Press, Ali Khamenei lamentou o "assassinato bárbaro" de Nasrallah e considerou que "este crime atroz é uma prova da natureza terrorista do regime sionista".

O Presidente iraniano, Masud Pezeshkian, acusou os Estados Unidos da América de serem "cúmplices" nos "crimes do regime israelita" no Líbano e condenou o "ataque terrorista" israelita contra Nasrallah, que "só reforça ainda mais a vertical árvore de resistência".

"O nome de Nasrallah brilhará para sempre à frente do Islão", segundo Pezeshkian, que alertou que "a comunidade internacional não esquecerá que a ordem para o ataque a Beirute partiu de Nova Iorque".

No Iraque, o primeiro-ministro Mohamed Shia al Sudani declarou três dias de luto em todo o país, noticia a agência de notícias Iraqi News. Al Sudani condenou ainda a morte de Nasrallah como um "ataque vergonhoso", "um crime que mostra que a entidade sionista ultrapassou todas as linhas vermelhas" e destacou que o líder do Hezbollah é "um mártir no caminho certo".

A Síria, por sua vez, também condenou a "agressão cobarde e brutal de Israel" contra Nasrallah, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros. "Esta ação desprezível demonstra mais uma vez o quão traiçoeira, cobarde e terrorista é a ausência de valores morais e a brutalidade e desprezo pelas leis internacionais" de Israel, indicou.

"Todos aqueles que lutam pela libertação da terra e pela defesa da soberania e da independência perderam um modelo a seguir na luta contra a agressão e na resistência à ocupação", acrescentou.

Finalmente, o presidente do Supremo Conselho Político instituído pelos Houtis no Iémen, Mahdi al Mashat, anunciou três dias de luto pelo "martírio" de Nasrallah.

Os Houtis realizaram dezenas de ataques no Mar Vermelho desde o início da ofensiva militar de Israel contra Gaza, após os ataques de 07 de outubro do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e de outras fações palestinianas, que fizeram quase 1.200 mortos e cerca de 240 reféns.

Israel e o Hezbollah têm trocado tiros na fronteira israelo-libanesa desde o início da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, há 11 meses, desencadeada por um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas.

A escalada de violência tem levado milhares de pessoas a sair do Líbano.

O Hezbollah confirmou hoje a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, num ataque aéreo israelita, segundo a agência norte-americana Associated Press.