Pelo menos 17 mortos devido à passagem do furacão Helene nos EUA
Pelo menos 11 pessoas morreram na Geórgia e cinco na Florida na sequência da passagem do furacão Helene, anunciaram ontem as autoridades locais.
"Esta tempestade tem sido mortal. Onze mortes foram confirmadas", informou o governador da Geórgia, Brian Kemp, referindo que uma das vítimas integrava uma equipa de salvamento.
"Houve cinco mortes relacionadas com a tempestade", confirmou, por seu lado, o gabinete do xerife do condado de Pinellas, na costa oeste da Florida.
Uma outra morte foi confirmada em Charlotte, na Carolina do Norte.
Em conferência de imprensa, Brian Kemp referiu que as autoridades estimam haver 115 estruturas com pessoas presas no interior devido ao mau tempo.
A tempestade atingiu a Florida na quinta-feira, na região pouco povoada de Big Bend, onde se situam aldeias piscatórias e casas de férias.
Mas os danos estenderam-se por centenas de quilómetros a norte, com inundações na Carolina do Norte, onde um lago utilizado em cenas do filme "Dirty Dancing" transbordou de uma barragem. Vários hospitais no sul da Geórgia ficaram sem eletricidade.
De Tallahassee, na Flórida, a Charlotte, na Carolina do Norte, ventos fortes e chuvas torrenciais estão a provocar inundações repentinas e quedas de árvores.
Na costa da Florida, o nível do mar subiu mais de 4,5 metros em alguns locais.
"Efetuámos quase 600 salvamentos", informou Deanne Criswell, responsável da agência federal encarregue da resposta a catástrofes naturais, à cadeia televisiva CNN, acrescentando que a "ameaça não acabou" e a situação "ainda é perigosa".
A responsável sublinhou o risco de inundações repentinas, nomeadamente na grande cidade de Atlanta, na Geórgia.
O Centro de Furacões dos Estados Unidos (NHC) advertiu que as inundações "históricas" e "catastróficas", acompanhadas de deslizamentos de terras, continuariam nos Apalaches até esta noite.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, afirmou que os estragos na região parecem ser maiores do que os danos provocados, em conjunto, pelos furacões Idalia e Debby em agosto.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que estava a rezar pelos sobreviventes enquanto o chefe da Agência Federal de Gestão de Emergências se dirigia para a zona.