Montenegro não abdica de descer o IRC
O primeiro-ministro disse hoje em Mafra que não vai ceder na descida do IRC por ser um compromisso do Governo e que vai esgotar todas as possibilidades de negociação do Orçamento de Estado (OE) para 2025.
"Não abdicamos da política económica. Se entendermos que precisamos de ter mais investimento e sermos mais competitivos, devemos desagravar o esforço fiscal das empresas, não temos como não concretizar, se essa é a pedra angular da nossa política económica", afirmou Luís Montenegro, na sessão de enceramento da VII Cimeira do Turismo Português.
"Todos temos de ceder e colocar o interesse nacional à frente de qualquer outro interesse, incluindo à frente de algumas das nossas ideias, mas em democracia quem governa é o Governo e há uma contradição quando quem quer governar é a oposição", indicou o primeiro-ministro.
A falar perante agentes económicos da área do Turismo, Luís Montenegro disse que, nas negociações do OE2025, tenciona "esgotar todas, todas, todas as possibilidades para evitar ter instabilidade política em cima da instabilidade e incerteza externas".
A descida de impostos consta da estratégia do Governo e "é um compromisso para o país", sublinhou.
"Acredito que se retirarmos carga fiscal à população que se encontra em idade ativa e que está a fugir, podemos ter uma economia mais competitiva, mais pujante, com empresas a crescer, a pagar melhores salários e a disponibilizar parte dos seus lucros para o reinvestimento", explicou o primeiro-ministro.
O desagravamento fiscal vai permitir, defendeu, "reter talentos" no país.