Segurança e bom tempo dos destinos da CAI beneficiam escolha por parte dos armadores
Segurança e bom tempo são encarados como factores que influenciam a grande procura por destinos como os que pertencem à rota da CAI: Madeira, Canárias, Cabo Verde e Açores.
Está a decorrer a conferência ‘Desafios e oportunidades para a indústria do turismo de cruzeiros na região atlântica e no mundo’, inserida na Cruise Atlantic Islands Conference 2024 (CAI), na Sala da Assembleia Municipal do Funchal. Esta conferência tem como oradores Eduardo Cabrita, Director Geral MSC Portugal; Fiona Noone, Gerente de Planejamento Marítimo e Operações na Marella Cruises TUI; Kai Algar, Gerente de Planejamento Marítimo e Portuário na Fred. Olsen Cruise Lines; Amadeu Albuquerque, Gerente Sênior de Operações Náuticas na Mystic Cruises; Rafael Fernández-Álava, Director de Comunicação e Relações Externas na Costa Crociere; e Mark Robinson, Gerente Geral do BC Group. A moderação está cargo de Virginia Lopez Valiente, CEO do Cruises News Media Group.
Kai Algar, Gerente de Planejamento Marítimo e Portuário na Fred. Olsen Cruise Line, explicou que o plano de cruzeiros é traçado tendo em conta razões de segurança e de lucros. A Madeira e as Canárias são destinos muito procurados pelo Reino Unido e pela Alemanha.
Já Rafael Fernández-Álava, Director de Comunicação e Relações Externas na Costa Crociere, assume que os destinos da CAI são seguros, com viagens que podem ser feitos sem grandes problemas. “Os cruzeiros são mais do que transportar as pessoas de um ponto para outro”, disse, acrescentando que as pessoas procuram o que fazer.
No caso da MSC Portugal, Eduardo Cabrita, avança que o MSC Opera vai fazer a tour de Inverno de Novembro a Março. O grupo percebe quais são as regionais do mundo que já estão muito procuradas e têm tentado perceber a região do Atlântico para conseguir operar nessa zona. O objectivo é conseguir ter o Funchal como um ‘home port’, um porto ‘casa’ para um dos navios.
Fiona Noone, Gerente de Planejamento Marítimo e Operações na Marella Cruises TUI, assume que não gostam de surpreender os passageiros. Estes gostam do Funchal e das Canárias, por isso continuam a repetir os itinerários.
Mark Robinson, Gerente Geral do BC Group, que esteve pela primeira vez no Funchal num cruzeiro em 1999, refere que uma das coisas que considera cruciais é o tempo que se faz sentir nas regiões do Atlântico. Os cruzeiros são encarados pela positiva pelo facto de se conseguir estar em vários destinos numa só viagem. Além disso, encara a sustentabilidade como um bom desafio, que envolve os passageiros de uma forma positiva, nomeadamente no que diz respeito a iniciativas como a reflorestação, que vai ser promovida na Madeira, por exemplo.
Amadeu Albuquerque, Gerente Sênior de Operações Náuticas na Mystic Cruises, voltou a frisar que as temperaturas amenas e o bom tempo são, sem dúvida, factores que pesam imenso na escolha dos passageiros. Além disso, ainda há muita coisa por descobrir em destinos como os da CAI. No quer respeita à sustentabilidade, assume que os passageiros já se queixam por se usarem, por exemplo, garrafas de plástico.