PME portuguesas têm pouca ambição de crescer e competir internacionalmente
As pequenas e médias empresas (PME) em Portugal têm pouca ambição de crescer e de competir internacionalmente, faltando boas práticas de gestão em domínios como política salarial ou avaliação de desempenho, revela um estudo da Nova SBE.
Uma equipa da Nova School of Business and Economics (SBE) analisou o impacto da educação no crescimento e produtividade das PME em Portugal e concluiu que a sua dimensão e o nível de internacionalização são muito baixos.
Pouca ambição de crescer e de competir internacionalmente são algumas das características identificadas na investigação que aponta ainda "falta de boas práticas de gestão em domínios como política salarial, avaliação de desempenho, transformação digital, análise de dados e Inteligência Artificial".
O estudo é divulgado no dia em que a Nova SBE celebra o aniversário de um programa de formação e mentoria, o "Voice Leadership", no qual já participaram mais de mil PME.
O programa "atraiu mais de mil gestores de topo, destacando-se pela sua juventude e elevado nível de qualificação: 80% possuem formação superior, o que nos surpreendeu", disse à Lusa Miguel Ferreira, investigador principal do programa.
Para o investigador, estas empresas, que ainda têm uma reduzida dimensão, "demonstram um elevado potencial de crescimento e os seus líderes ambicionam alcançar esse objetivo nos próximos cinco anos".
Segundo Miguel Ferreira, para atingir estas metas será necessário um maior investimento em áreas estratégicas como marketing, inovação e tecnologia, além do desenvolvimento e implementação de planos de internacionalização.
O Voice é promovido pela Formação de Executivos da Nova SBE que se propõe formar e capacitar gestores, estando já a decorrer as inscrições para a 2.ª edição, que irá começar em 2025.