Biden convoca cimeira com 50 aliados a realizar em Outubro na Alemanha
O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou hoje a convocação de uma cimeira de alto nível com 50 aliados da Ucrânia, a realizar na Alemanha em outubro.
"Convocarei uma reunião de líderes do Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia na Alemanha no próximo mês para coordenar os esforços de mais de 50 países que apoiam a Ucrânia na sua defesa contra a agressão russa", disse Biden, num comunicado de imprensa.
Esta convocação surge no dia em que o Presidente dos Estados Unidos anunciou um aumento da ajuda militar à Ucrânia, com um novo pacote superior a sete mil milhões de euros e novas munições de longo alcance, e a poucas horas de receber o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, em Washington.
"Hoje, anuncio um aumento da assistência de segurança à Ucrânia e uma série de ações adicionais para ajudar o país a vencer esta guerra", referiu Biden na nota informativa, que não menciona, no entanto, a autorização reclamada nos últimos meses por Kiev para disparar mísseis de longo alcance fabricados nos Estados Unidos contra a Rússia.
O Presidente da Ucrânia é recebido em Washington por Joe Biden, ao qual irá apresentar, em primeira mão, o "plano de vitória" de Kiev para acabar com a guerra com a Rússia, iniciada em fevereiro de 2022.
Volodymyr Zelensky está nos Estados Unidos -- um dos principais aliados de Kiev - desde domingo e o encontro com Biden acontece um dia depois de ter discursado na Assembleia-Geral da ONU e de ter procurado manter um apoio contínuo da comunidade internacional, atualmente concentrada com o agravamento da situação no Médio Oriente.
Já na terça-feira, e perante o Conselho de Segurança, o líder ucraniano instou o órgão máximo da ONU a forçar Moscovo a negociar a paz. A Rússia é um dos cinco membros permanentes do Conselho e detém poder de veto.
Zelensky também irá apresentar o seu plano à vice-presidente e candidata democrata às presidenciais norte-americanas de novembro, Kamala Harris, e ao Congresso.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.