Um morto e sete feridos em ataque de búfalo no centro de Moçambique
Uma pessoa morreu e outras sete ficaram feridas após serem atacadas por um búfalo no distrito de Mulevala, na Zambézia, centro de Moçambique, disse hoje à Lusa fonte oficial.
"As vítimas foram atacadas pelo búfalo na segunda-feira", disse António Chibite, chefe do departamento de floresta e fauna bravia na Direção Provincial de Desenvolvimento Territorial e Ambiente na Zambézia, referindo que ataques de género não são frequentes naquela região.
Segundo o responsável, foram enviadas equipas na terça-feira para saber da proveniência do animal e averiguar a situação no distrito, que está localizado na zona tampão do Parque Nacional de Gilé.
"Estamos também a trabalhar em coordenação com o Parque Nacional do Gilé para saber da proveniência do animal e tentar resolver o problema", avançou o responsável.
Em agosto deste ano, o Parque Nacional do Gilé, centro de Moçambique, recebeu os primeiros 48 búfalos de um total de 200 vindos da Reserva Nacional do Marromeu, em Sofala, também na zona centro, anunciou a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
Segundo dados divulgados pela ANAC em abril, cerca de 200 pessoas morreram desde 2019 em Moçambique, vítimas de ataques de animais como elefantes e crocodilos.
De acordo com o diretor-geral da ANAC, Pejul Calenga, os ataques da fauna bravia em Moçambique destruíram ainda, de 2019 a 2023, um total de 955 hectares de culturas agrícolas, como milho e mandioca.
O Parque Nacional do Gilé localiza-se nos distritos de Pebane e Gilé, na província da Zambézia, foi primeiro proclamado como Reserva Parcial de Caça, em 1932.
Conta com florestas, planícies e vegetação ribeirinha, onde habitam centenas de espécies de aves, répteis e anfíbios, próximo à praia de Pebane e de Moebasse, ao Gurué, e à Ilha de Moçambique.