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Incêndios Madeira

SRPC manifesta "profundo desagrado" sobre declarações na audição parlamentar sobre incêndios

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O Serviço Regional de Protecção Civil, IP-RAM (SRPC) diz estar a acompanhar a audição parlamentar na Assembleia da República, afirmando que está "ferida de constitucionalidade", sobre a gestão política e técnica dos meios de protecção civil utilizados no combate aos incêndios de 14 a 24 de Agosto. Em resposta às declarações proferidas por estruturas sindicais e representativas dos bombeiros manifesta o seu "profundo desagrado". 

"Este serviço ressalva que actualmente a Região Autónoma da Madeira conta com um total de 732 bombeiros disponíveis para actuar no socorro e no combate aos incêndios. Informação esta veiculada correctamente pelo Secretário Regional da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, e demais dirigentes da Protecção Civil", começa por referir a entidade sobre o assunto. 

Reitera que no decurso dos incêndios, de 14 a 24 de Agosto, "não houve habitações consumidas, não tivemos vítimas a lamentar, nem houve registos de destruição de infraestruturas essenciais".

Infelizmente os incêndios que ocorreram nas regiões norte e centro do país, na semana passada, tiveram consequências devastadoras e irreparáveis. Serviço Regional de Protecção Civil

O SRPC apela "à responsabilidade de todos os intervenientes nesta audição parlamentar de veicularem dados com base na verdade, conhecimento e, transparência", dizendo que reivindicar a aquisição de helicópteros Komov para a Madeira revela um "profundo desconhecimento sobre a actual situação deste tipo de aeronave".

"De acordo com as novas directivas europeias, e com a instalação da guerra Ucrânia / Rússia este tipo de equipamento está proibido de operar no espaço europeu", expõe em nota enviada hoje às redacções. 

"A título de exemplo, em Alicante, Espanha, estão neste momento 10 helicópteros Kamovs parados sem autorização de operar no espaço europeu", acrescenta.

Na nota refere ainda que face estes factos, o Serviço Regional de Protecção Civil questiona "os especialistas que veicularam essa informação na Assembleia da República de forma irresponsável: É esta solução que defendem para a Madeira (aquisição de helicópteros que estão proibidos de operar na Europa)?"

"O Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira opera e gera os meios disponíveis com muito rigor, conhecimento, transparência e pragmatismo", atesta.

Dá ainda conta que reforça a capacidade instalada no que diz respeito aos meios aéreos disponíveis na Região para combate aos fogos é "uma das prioridades do governo regional, viável apenas com o apoio do Governo da República".

"Paralelamente o Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira está em articulação com entidades credíveis e fidedignas para eleger e definir o novo modelo a adotar no combate aos incêndios", remata.