Foi há 30 anos que a população do Arco da Calheta viveu momentos de grande alvoroço, com problemas sociais como a droga ou a prostituição. O problema foi denunciado primeiramente pelo pároco local, na altura Anacleto Ferreira, mas a população rapidamente confirmou a situação preocupante que se vivia principalmente no sítio da Cova do Arco.
A notícia que mereceu chamada na primeira página da edição de 25 de Setembro de 1994, dava conta de que o povo vivia com medo. As zaragatas, as intimidações e os assaltos alastravam e não davam sossego e o Ministério Público mostrava preocupação com os acontecimentos relatados e denunciados à boa pequena, mas também nas instâncias próprias, como a Polícia de Segurança Pública (PSP) ou a Câmara Municipal da Calheta, à data com Manuel Baeta ao 'comando'.
A indignação dos residentes daquela localidade chegou ao limite com a alegada violação de uma menor e o aliciamento de outras para a prostituição. Não faltavam críticas à actuação da Polícia. O comando regional negava a inércia apontava pela população e dava conta da actuação constante daquela força de segurança na freguesia do Arco da Calheta.
Na notícia assinada pela jornalista Teresa Florença podemos ler que "zona de tráfico de droga, a Cova do Arco é apontada também como local onde existem plantações de droga. «Plantam nas 'barbas' da Polícia». As plantas tornaram-se tão comuns que há mesmo quem, desconhecendo as suas propriedades, tenha plantado no vaso para decorar a casa. Refere que ela cresce também em locais de difícil acesso".
Mas esta edição abordava muitos outros assuntos. O regresso às aulas era motivo de destaque. O então secretário regional de Educação, Francisco Santos, dizia que a ministra procurava implementar medidas que já estavam em vigor na Região, ressalvando o pioneirismo da Madeira.
No final desse mês de Setembro o governante regional garantia que a Madeira estava pronta para·começar as aulas a 3 de Outubro e não pedia uma reforma do sistema educativo nacional.
Nessas páginas, nota, também, para a visita à Madeira de um dos astronautas que integraram a nave Apolo 11, um dos primeiros a pisar o solo lunar. No Funchal, Buzz Aldrin, que protagonizou, juntamente com Neil Armstrong, em 1969, um dos feitos mais marcantes de História da Humarildade, deu uma palestra sobre essa sua experiência.
Estas e outras notíticias poderá revisitar na edição de 25 de Setembro de 1994, que aqui partilhamos consigo.