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Madeira

CHEGA dá entrada a projeto-lei que atribui aos bombeiros estatuto de profissão de desgaste rápido

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O grupo parlamentar do CHEGA na Assembleia da República deu entrada com um projecto-lei que atribui aos bombeiros de associações humanitárias o estatuto de profissão de desgaste rápido, estabelece o pagamento de um subsídio de risco e cria condições especiais de acesso à reforma, especificamente aos 60 anos.

As medidas correspondem a reivindicações de longa data da classe profissional, que serão agora discutidas e votadas no parlamento nacional.

Segundo o texto da iniciativa do CHEGA, o trabalho dos bombeiros está associado ao risco e à perigosidade, ao que se adiciona o desgaste emocional e físico, as condições extremamente difíceis onde é executado o trabalho e a pressão vivida, em especial na altura dos incêndios florestais.

A juntar a isto, os deputados do CHEGA realçam que vários estudos demonstram que o trabalho a que os bombeiros se sujeitam pode ter consequências para a sua saúde geral e sublinham que a carreira de bombeiro reúne critérios que potenciam a sua classificação como profissão exigente e altamente desgastante, entre as quais a ansiedade, o stress, a absorção emocional, a exigência física e as rigorosas condições de trabalho.

Segundo o partido CHEGA, o projecto-lei submetido resulta de um processo de auscultação do setor, incluindo a organizações sindicais, muito do qual decorreu em sede de audição na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde colheu a informação que, agora, foi plasmada para a proposta que deu entrada. 

A entrada do projecto é importante porque é o cumprimento de mais um compromisso assumido pelo partido, desta feita junto dos bombeiros. Fazemos sempre o nosso melhor para que as reivindicações legítimas dos profissionais não fiquem no âmbito das reuniões, mas tenham consequência, pois é isso que as pessoas esperam dos seus representantes".  Francisco Gomes 

Francisco Gomes, deputado madeirense eleito pelo CHEGA, faz um apelo aos outros partidos para que acompanhem a proposta do CHEGA e, com o seu voto favorável, viabilizem condições de trabalho mais justas e dignas para os bombeiros.

E conclui: “Fizemos a nossa parte e estas medidas só não se tornam realidade se o PSD ou o PS assim não quiserem. Porque se trata de uma questão de justiça para com homens e mulheres que arriscam a vida por nós, espero que o bom senso impere e que o projecto se torne lei, muito em breve".