DNOTICIAS.PT
Mundo

China apela aos seus cidadãos para que abandonem Israel "o mais rapidamente possível"

Além de residentes, Israel é muito procurado por turistas chineses.   Foto DR/CGTN
Além de residentes, Israel é muito procurado por turistas chineses.   Foto DR/CGTN

A China apelou hoje aos seus cidadãos em Israel para que abandonem o país "o mais rapidamente possível", na sequência de uma escalada de violência com o Hezbollah libanês ao longo da fronteira, que faz temer um conflito regional.

"Os cidadãos chineses em Israel são convidados a regressar à China o mais rapidamente possível ou a refugiarem-se num local seguro", escreveu a embaixada chinesa em Telavive num comunicado.

"A situação ao longo da fronteira entre Israel e o Líbano é atualmente muito tensa, com frequentes confrontos militares, enquanto a situação de segurança em Israel permanece grave, complexa e volátil", acrescentou a embaixada.

Até à data, as autoridades chinesas apelavam apenas aos seus cidadãos para que "reforçassem" as suas precauções.

Esta mudança surge após um súbito aumento das tensões entre Israel e o Hezbollah, um poderoso ator político e militar no Líbano apoiado pelo Irão, inimigo declarado de Israel.

O Hezbollah tem trocado tiros com o exército israelita quase diariamente desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, alegando que o faz para apoiar o seu aliado palestiniano Hamas.

As trocas de tiros aumentaram de intensidade desde a vaga de explosões de material de transmissão do Hezbollah, atribuídas a Israel, que fizeram 39 mortos e 2.931 feridos nos bastiões do movimento no Líbano, na terça e quarta-feira, segundo as autoridades do país.

Na sexta-feira, um ataque israelita a um edifício nos subúrbios do sul da capital Beirute desferiu um novo golpe esmagador no Hezbollah, decapitando a sua força de elite, cujos 16 membros foram mortos.

Na segunda-feira, o exército israelita aconselhou os cidadãos libaneses a "manterem-se afastados dos alvos" do Hezbollah no sul do Líbano, acrescentando que os ataques contra o movimento islamita iriam "continuar num futuro próximo" e que seriam "maiores e mais precisos" e foi já noticiado o início dos ataques por agências noticiosas.