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Candidato de esquerda Dissanayaka vence eleições presidenciais no Sri Lanka

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O candidato da coligação de esquerda, Dissanayaka, ganhou ontem as eleições presidenciais no Sri Lanka com 42,3% da votação, depois de uma recontagem por nenhum dos candidatos ter atingido os 50% de votos diretos, avançou a agência AFP.

Segundo aquela agência de notícias francesa, que cita a página de internet oficial da comissão eleitoral do Sri Lanka, Dissanayaka ficou à frente do líder da oposição no Parlamento daquele país, Sajith Premadasa, que obteve 32,7%, e do atual presidente Ranil Wickremesinghe, que ficou pelo 17,2%.

A votação decorreu no sábado, mas nenhum dos candidatos obteve 50% de votos diretos, tendo sido necessário, pela primeira vez na história do país, uma recontagem dos votos em que foram apenas contabilizados os segundos e terceiros votos em Aruna Kumara Dissanayaka, que obteve o maior número de votos diretos, e Sajith Premadasa, que obteve o segundo maior número de votos diretos.

No Sri Lanka, as eleições são regidas por um modelo de votação preferencial, em que os eleitores podem escolher até três candidatos diferentes por ordem de preferência.

Caso nenhum candidato seja a primeira escolha de mais de 50% dos eleitores, o que aconteceu pela primeira vez na história do país, salientou a agência espanhola Efe, inicia-se uma segunda contagem, tomando como referência os dois candidatos com maior apoio e somam-se os votos em que foram a segunda ou terceira escolha.

Na primeira volta do processo eleitoral, para o qual estavam inscritos mais de 17 milhões de eleitores, Dissanayaka, o candidato da coligação do Poder Popular Nacional (NPP), obteve 39,52% dos votos, segundo os últimos dados publicados pela autoridade eleitoral.

O agora presidente eleito, de 55 anos, é visto como uma alternativa aos outros dois candidatos tradicionais e é mais popular entre os jovens eleitores e é também o líder do Janatha Vimukthi Peramuna (JVP), uma formação marxista que liderou duas revoltas armadas contra o governo nas décadas de 1970 e 1980, que causaram pelo menos um número estimado de 60.000 mortes.