Um total de 281 migrantes chegaram em barcos às Canárias no sábado
Um total de 281 migrantes chegaram ao arquipélago espanhol das Canárias este sábado em cinco embarcações, informaram hoje as autoridades de salvamento marítimo.
O primeiro resgate foi realizado a 11 milhas (cerca de 18 quilómetros) da costa da ilha de El Hierro, onde foi localizada uma embarcação com 62 migrantes.
Eram 51 homens, seis mulheres e cinco menores, incluindo um bebé de dois anos, segundo os serviços de urgência, que tiveram de transferir um dos migrantes para um centro de saúde devido a várias patologias.
Já de madrugada, um barco com 51 pessoas de origem subsariana chegou sozinho à praia de Armeñime, no sul de Tenerife, incluindo 38 homens, dez mulheres e três menores.
Nas águas a nordeste de Lanzarote, foram resgatados consecutivamente três barcos insufláveis por volta das 7:00 (hora local), cujos ocupantes foram desembarcados no porto de Arrecife.
Na primeira embarcação, havia 66 pessoas de origem subsariana, das quais 58 homens, sete mulheres e um menor.
No barco seguinte, seguiam outros 66 subsaarianos e no terceiro resgate foram socorridos 36 homens norte-africanos, incluindo um menor de idade.
Espanha - com costas no Mediterrâneo e no Atlântico e com duas cidades que são enclaves no norte de África (Ceuta e Melilla) - é um dos países da União Europeia (UE) que lida diretamente com maior número de chegadas de migrantes em situação irregular que pretendem entrar em território europeu.
A questão das migrações e da situação que se vive nas Canárias levou já a duas deslocações este ano do primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, a países da África ocidental, por considerar o Governo espanhol que os números inéditos de chegadas se deve em grande parte à instabilidade política nos países do Sahel.
Os migrantes chegam às Canárias em embarcações precárias e fazem pedidos de proteção internacional.
Este tema tem levado também a debate político em Espanha, desde logo sobre o acolhimento de menores, com o Governo a acusar a oposição de direita e extrema-direita de levar à sobrelotação de centros de acolhimento de menores por recusar a transferência de crianças e jovens não acompanhados para outras regiões autónomas espanholas.