'Ab Initio' tem dezenas de suspeitos que poderão ser constituídos arguidos
Processo com milhares de páginas poderá não ficar pelos oito arguidos detidos na última semana
O Departamento de Investigação e Acção Penal Regional de Lisboa tem 'na mira' dezenas suspeitos no âmbito da operação 'Ab Initio', que esta semana levou à detenção, em condição de arguidos, do presidente da Câmara Municipal da Calheta, Carlos Teles, do ex-secretário regional da Agricultura, Humberto Vasconcelos, do ex-director regional da Agricultura, Paulo Santos, do presidente do IASaúde, Bruno Freitas, dos empresários Humberto Drumond e Miguel Nóbrega, e ainda de duas funcionárias da Secretaria Regional da Agricultura, Daniela Rodrigues e Cecília Aguiar.
Segundo o advogado João Nabais, defensor de Carlos Teles, o Despacho de Indiciação do Ministério Público aponta para a existência de dezenas de suspeitos de coadjuvar a prática dos crimes de participação económica em negócio, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, prevaricação e financiamento proibido de partidos políticos.
A investigação que teve início em 2020 resultou num processo "longo", uma vez que "tem uma série de suspeitos". João Nabais aponta que poderão resultar na constituição de, "talvez, 20 arguidos".
O advogado aponta que em causa estarão suspeitos ligados ao Governo Regional.