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Desporto

Marítimo comemorou 114 anos de existência “com orgulho no passado e projectando o futuro”

"A adversidade terá de ser superada com a união de todos", considera o presidente Carlos André Gomes

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Foto ASPRESS

O Marítimo assinalou hoje a passagem do 114º aniversário da sua fundação, com um conjunto de cerimónias que teve inicio na sede histórica, ao Almirante Reis, com o hastear das bandeiras e a colocação de uma coroa de flores na estátua do jogador do Marítimo, e culminou com o cântico de parabéns e partir do bolo já no complexo desportivo do clube, em Santo António, já depois da realização de uma eucaristia de acção de graças realizada na Capela Marítimo Centenário.

Carlos André Gomes fez questão em deixar uma mensagem aos sócios e adeptos do Marítimo. “Que todos eles olhem para a história deste clube, com orgulho na passado e projectando o futuro”, começou por sublinhar

Confrontado pelo facto da colectividade maritimista comemorar o aniversário em momento dificil, o presidente da colectividade diz que “a adversidade é o Marítimo estar na II Liga, já que, pela sua grandeza e pela sua história, é um clube de I Liga”, uma adversidade que, de acordo com as palavras do dirigente, “terá de ser encarada como tal, pelo que a nossa projecção será, com união de todos, levar o clube para a I Liga, onde merece estar”.

No entanto, pese embora “esta adversidade”, Carlos André Gomes realça ser o Marítimo mais que um clube de futebol. “O Marítimo é muito mais que futebol, mas temos que ter em atenção que, o facto da equipa de futebol neste momento estar na II Liga, prejudica muito todo o ecletismo do clube, pois as maiores receitas que são obtidas para a o universo maritimista, são através da SAD na I Liga, e são essas que precisam urgentemente serem recuperadas para também podermos engrandecer ainda mais todas as restantes modalidades”, sustenta.

“Modelo comercial à espera do licenciamento do estádio”

Carlos André Gomes, com a equipa na II Liga, e perguntado que lhe foi, quanto tempo dura mais o Marítimo nesta Liga em termos financeiros, revela que “estamos a fazer, em termos de futuro, que os resultados desportivos não sejam eles próprios a determinar o futuro do clube, que terá de passar necessariamente pelos resultados desportivos, mas também por um projecto comercial que, quando o modelo desportivo não gerar as receitas necessárias, seja o modelo comercial crucial neste âmbito”.

O presidente do Marítimo explica que esse modelo comercial tem a ver com a exploração dos espaços comerciais do estádio e no complexo desportivo. “Obviamente que o projecto comercial do estádio não pode avançar enquanto não tivermos a licença de utilização, que está a ser tratado na Câmara do Funchal, esperando que em breve esteja resolvido e, nessa altura, temos ali uma fonte de receita que permitirá ao clube respirar um pouco melhor”, esclarece o presidente.

Pese embora o mau inicio de campeonato e a mudança de treinador já operada, Carlos André Gomes considera que “nenhum campeonato é ganho à 5ª jornada. Este é um campeonato de regularidade e, neste momento mais do que falar, o que temos de fazer é mostrar atitude e acção, e toda a equipa está consciente daquilo que tem de fazer, com motivação e trabalho, pelo que só tenho que ter confiança no futuro”, conclui.