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Madeira

IL defende revisão urgente das quotas de pesca na Região

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A Iniciativa Liberal reiterou, ontem, a necessidade urgente de rever as quotas de pesca, especialmente do atum, "cujos recursos naturais são altamente variáveis de ano para ano". A representação parlamentar do partido esteve de visita ao Laboratório da Direção Regional do Mar, durante o dia de ontem.

"Actualmente, a quota nacional de atum-patudo é de 3.100 toneladas, sendo que cerca de 2.800 toneladas são atribuídas às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. No entanto, a quota tem-se revelado insuficiente, esgotando-se em cerca de um mês e deixando várias embarcações inoperantes, colocando em risco o sustento de milhares de pescadores e armadores", explica em nota enviada à imprensa, acrescentando que uma das atuais reivindicações é a criação de uma quota independente para as Regiões Ultraperiféricas.

"Os limites de captura actuais não reflectem a realidade que os nossos pescadores observam no mar. Precisamos de quotas ajustadas ao tipo de pesca que praticamos, de forma sustentável, e de políticas europeias que levem em conta as particularidades das Regiões Ultraperiféricas", disse Nuno Morna.

O deputado apontou também a necessidade de renovação da frota de pesca de peixe-espada, uma medida que, no seu entender, tem vindo a ser negligenciada, mas que urge concretizar. "Urge negociar com a Comissão Europeia a autorização das ajudas de estado para esta importante renovação que visa melhorar as condições a bordo das embarcações da frota espadeira bem como a salubridade", considera o parlamentar.

Nuno Morna apelou também para que as ilhas Selvagens possam ser abertas à pesca de salto e vara, "já que este método, altamente selectivo e de baixo impacto ambiental, não compromete as áreas protegidas".

A possibilidade de os Estados-Membros da União Europeia desenvolverem meios técnicos e humanos próprios para avaliar o estado dos recursos marinhos, através de estudos periódicos, foi assunto tema de conversa como uma medida essencial para garantir uma gestão mais soberana e eficiente dos recursos.

“É preciso ouvir os pescadores e armadores locais quando apelam às instâncias europeias para que aumentem as quotas de pesca, permitindo não só a viabilidade do sector, mas também a continuidade da actividade de forma sustentável para as gerações futuras”, acrescentou Nuno Morna.