25 detidos em manifestação em Telavive ainda sob custódia policial
Vinte e cinco manifestantes que participaram, no domingo à noite, em Telavive, num protesto pelo cessar-fogo em Gaza, para permitir o retorno dos reféns no enclave, estão sob custódia policial, informou hoje o jornal israelita Haaretz.
Alguns continuam a ser interrogados, avançou o diário.
A polícia israelita deteve na noite de domingo 29 pessoas durante a grande manifestação em Telavive, declarou a polícia num relatório.
"A polícia deteve 29 suspeitos por conduta desordeira, agressão a agentes e vandalismo brutal na autoestrada Ayalon e no local do protesto na passagem de Azrieli", disseram as autoridades.
O Haaretz citou um grupo de manifestantes médicos que afirmaram que a carga policial deixou várias pessoas feridas, incluindo um manifestante com golpes no peito e na cabeça, um jovem atingido por uma granada de atordoamento, um manifestante que caiu de um lugar alto e partiu as duas pernas e uma idosa com ferimentos no rosto.
De acordo com a polícia, os tumultos começaram no final da manifestação, quando "centenas de manifestantes abandonaram a zona autorizada e marcharam em direção à autoestrada Ayalon com a intenção de perturbar o trânsito e a ordem pública".
No domingo à noite, centenas de manifestantes marcharam ao longo da autoestrada, sempre seguidos por um cordão policial e polícias a cavalo.
O grupo era constituído maioritariamente por jovens manifestantes, cuja presença no protesto geral foi considerada por outros participantes como um sinal positivo, uma vez que as habituais manifestações de sábado em Telavive reúnem um público mais adulto.
Nos momentos finais do protesto na autoestrada, a polícia e os militares agarraram e atiraram por diversas vezes ao chão manifestantes violentos, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE, presente no local.
No total, de acordo com estimativas do jornal Haaretz, cerca de 300 mil pessoas manifestaram-se no domingo em Telavive, num das maiores protestos de sempre para exigir ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
As forças armadas israelitas anunciaram, no domingo, que recuperaram em Gaza os corpos de seis das mais de 250 pessoas raptadas nos ataques do movimento islamita palestiniano Hamas em Israel, a 07 de outubro de 2023, que desencadearam a guerra em curso e mataram cerca de 1.200 pessoas.