Poluição sonora

Citação:

“A Polícia informa ainda que, no âmbito do mesmo protocolo, foram também adquiridos dois sonómetros, com o desiderato de incrementar a fiscalização do ruído automóvel (proveniente das viaturas ligeiras, motociclos, ciclomotores, entre outras) em toda a RAM, assim que esteja finalizado o processo de formação especializada nesta matéria.”

Esta citação saiu na comunicação social madeirense faz agora 4 anos. Repito: 4 ANOS!

Pergunta-se se é preciso uma licenciatura ou mestrado específico para operar estes sonómetros?

Entretanto aumenta de dia para dia o Ruído ensurdecedor, a Barulheira infernal, o Tumulto perturbador de certos motociclistas que só podem ser catalogados como “Bandidos”, na nossa terra que é vendida como “Verde”, “Tranquila” “Pacifica”, “Segura”, “Pacata”.

A isto se juntam os perigosos “cavalinhos” em todo e qualquer local.

A ideia que fica é mesmo que as autoridades estão a se marimbar!

O barulho excessivo das motocicletas é um problema crescente na Madeira, especialmente em bairros residenciais. (Atenção igualmente aos comerciantes de motociclos, que são totalmente coniventes).

Este tipo de poluição sonora não apenas perturba o descanso e a paz dos moradores, mas também pode ter consequências graves para a saúde, como aumento do stress, distúrbios do sono e até problemas cardiovasculares.

Muitos motociclistas, em busca de uma experiência mais emocionante, modificam os escapamentos de suas motos para aumentar propositadamente o ruído, sem considerar os efeitos negativos que isso provoca na comunidade. Além de ser incômodo, esse comportamento é uma infração das leis de trânsito, que limitam os níveis de ruído que os veículos podem emitir. (Leis? Para que servem?).

No entanto, a fiscalização desse tipo de infração é notoriamente inexistente: O que é feito desses sonómetros?

Quando o turismo começar a fugir talvez se faça alguma coisa. Infelizmente vivemos num país em que se atua sempre reactivamente (e muito tarde e muito insuficientemente) e nunca proativamente!

É essencial que as autoridades aumentem a fiscalização e apliquem multas e cassação de licenças de forma consistente para combater este problema.

Infelizmente, e, como já é hábito, ninguém se vai sentir minimamente responsável... É triste!

Ricardo dos Santos