Azia ao retardador

Pinto da Costa (PC) resolveu dar mais uma daquelas suas entrevistas que nos últimos 10 anos se tornaram cada vez mais entediantes porque repetitivas nas falsidades da sua argumentação para desviar a atenção dos sócios e adeptos com falsos inimigos externos, que afinal até são amigos caso de LFV, mas incapaz de uma justificação minimamente plausível para a situação de pré-bancarrota a que ele e as administrações por ele presididas conduziram o FCP.

E se PC durante 42 anos liderou o FCP nas suas maiores conquistas desportivas, mérito que ninguém lhe tira, nos últimos 20 anos e apesar das receitas (2,9 mil M€), das quais 700M€ advieram da venda de jogadores nos últimos 10 anos, teve o enorme demérito de ter conduzido o FCP ao incumprimento do fair-play financeiro da UEFA, a uma situação económica e financeira que é de longe a pior entre os 3 grandes, com os capitais próprios mais negativos, o pior passivo (500M€), com a maior dívida financeira (303M€) e o pior nível de receitas entre os 3 grandes, o que teve como consequência inexorável o FCP estar tecnicamente falido e à beira da bancarrota, sendo a explicação para este enorme descalabro económico e financeiro aquela que PC nunca quis dar nem dará aos sócios e adeptos do FCP nas suas entediantes entrevistas.

PC na recente entrevista à RTP, ao que parece já refeito do choque da derrota eleitoral que o deixou desde Abril passado sem reação para hostilizar os atuais órgãos diretivos e técnicos do FCP, resolveu tecer considerações abonatórias a todos os que com ele colaboraram na tentativa de continuar a enganar os sócios e adeptos no que concerne à realidade da situação desastrosa em que deixou o FCP.

É pena mas não surpreendente que nessa entrevista PC tenha posto de lado a sua condição de presidente honorário do FCP e a forma elevada como sempre foi tratado pela atual administração do clube, tendo optado por proferir declarações que revelam uma espécie de azia ao retardador em relação àqueles que ocuparam de forma democrática e legítima o lugar que já foi seu.

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