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Madeira

Rafaela Fernandes não entende "razão para tanta polémica" sobre casamento no Fanal

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A secretária regional da Agricultura, Pescas e Ambiente, Rafaela Fernandes, comentou hoje a festa de casamento no Fanal, um evento que tem gerado grande polémica e que até motivou uma investigação da Guarda Nacional Republicana (GNR).

"O que ocorreu ali foi um evento devidamente autorizado, realizado no parque de estacionamento, com a colocação de uma estrutura removível, similar àquelas usadas em eventos desportivos de grande porte," explicou, acrescentando que a autorização seguiu todos os procedimentos normais e que o evento foi realizado com o mínimo impacto possível na área.

GNR averigua casamento no Fanal

A Guarda Nacional Republicana recebeu uma denúncia a dar conta do casamento que se realizou no passado sábado no Fanal e que gerou uma onda de críticas, apesar de ter sido autorizado pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN).

"É um evento que seguiu aquilo que é o normal de autorizações para qualquer pessoa que queira realizar um evento em áreas que estão sob a gestão do Instituto das Florestas. O processo foi autorizado e foi organizado de forma a minimizar o máximo possível de qualquer contratempo a quem utiliza aquele espaço. Infelizmente, as condições atmosféricas determinaram que este evento tivesse a necessidade de montar uma tenda precisamente porque o tempo não permitia e o tempo também levou ao atraso no processo de limpeza do espaço, mas tudo foi cumprido", justificou.

Não obstante, a governante expressou alguma frustração com a repercussão negativa do evento. "Infelizmente, este tipo de empolamento só prejudica a nossa imagem internacional. O que deveríamos estar a celebrar é que uma família madeirense escolheu um local emblemático para um momento especial das suas vidas. Não entendo a razão para tanta polêmica", disse, mencionando que aquele é um espaço que é frequentado diariamente por dezenas de pessoas e que também que já contou com a realizaçção de outros casamentos e eventos, como aniversários.

Quando um madeirense não tiver o usufruto daquilo que é o seu património coletivo, é o que? É o governo autoriza as filmagens dos filmes a acontecer e o madeirense, que é madeirense, não pode usar? Isso não faz sentido. A serra é dos madeirenses (...) oxalá que houvessem outros madeirenses a escolherem zonas emblemáticas e bonitas como aquela precisamente para momentos marcantes da sua vida" Rafaela Fernandes, secretária regional de Agricultura, Pescas e Ambiente