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Incêndios País

Actuação dos meios aéreos está a ser "muito difícil" devido ao fumo

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Foto Lusa

A atuação dos meios aéreos tem sido "muito difícil" na maioria dos incêndios em curso "devido ao fumo intenso e espesso" que se faz sentir, explicou hoje o comandante nacional de emergência e proteção civil.

"Devido ao fumo intenso e espesso que existe na maioria destes incêndios, é muito difícil operar com os meios aéreos, daí estarem 36 meios aéreos em operação", afirmou André Fernandes, na conferência de imprensa realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para fazer um ponto de situação dos incêndios que lavram nas regiões do norte e centro de Portugal desde domingo.

O comandante nacional explicou o está a ser feito no âmbito da utilização dos meios aéreos para contornar esta situação.

Segundo André Fernandes, nos diferentes incêndios onde existe maior pressão junto das habitações e infraestruturas está a ser "garantida uma cadência de meios aéreos para auxiliar as operações que estão a ser executadas pelos bombeiros".

O comandante nacional referiu que o dispositivo aéreo está "a responder onde é possível atuar e de acordo com a estratégia delineada", especificando que nos incêndios da zona de Aveiro as aeronaves não conseguem operar devido ao fumo.

Sobre os meios aéreos que estão em Portugal no âmbito do Mecanismos Europeu de Proteção Civil, indicou que estão a combater os incêndios quatro aviões de França, dois de Itália e dois de Espanha, não tendo sido possível chegar ao país os da Grécia devido a condições meteorológicas no Mediterrâneo.

Os dois Canadair de Marrocos, que estão em Portugal ao abrigo do acordo bilateral entre os dois países, vão começar a atuar hoje à tarde.

André Fernandes deu ainda conta que as duas companhias de combate a incêndios que veio de Espanha, composta por 270 bombeiros, estão a combater os incêndios na zona de Viseu.

Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, hoje pelas 12:00, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.