ADN questiona continuidade de Bruno Freitas no cargo de presidente do IASaúde
Miguel Pita questionou hoje o critério do Governo Regional da Madeira para manter em funções Bruno Freitas, presidente do IASaúde, detido pela Polícia Judiciária no âmbito da operação 'Ab Initio'.
Bruno Freitas, presidente do IASaúde, é o oitavo detido pela PJ na Madeira
O nome do alto gestor público junta-se aos nomes de Humberto Vasconcelos, Carlos Teles, Paulo Santos, Humberto Drumond, Miguel Nóbrega e ainda duas funcionárias públicas
O coordenador regional do Partido ADN - Alternativa Democrática Nacional aponta que este executivo regional "consegue exonerar em tempo recorde alguns dos membros do seu Governo (...) que apoiaram uma outra lista que não a do presidente Dr. Miguel Albuquerque nas eleições internas do PSD-Madeira". Não obstante, "esse mesmo executivo têm imensa dificuldade em (pelo menos) suspender de funções aqueles que foram detidos pelo PJ por suspeitas de corrupção, como é o caso do presidente do IASaúde, que mantém-se em funções e com a total confiança do Secretário Regional da Saúde e Protecção", acusa Miguel Pita.
O partido ADN lamenta "esta forma de actuar deste Governo Regional e em particular desta Secretaria Regional da Saúde e Protecção Civil", lembrando que "ainda não foi capaz de explicar perante a comissão de inquérito na ALRAM a sua actuação aquando dos recentes incêndios".
Do mesmo modo, critica a Secretaria Regional da Agricultura e Pescas por não ter esclarecido "o recente acontecimento inédito no Fanal".
"O ADN-Madeira receia que na nossa RAM estejamos caminhando a passos largos para um regime governativo semelhante ao adoptado na Venezuela desde 1998, em que as ilegalidades governativas se tornaram normais, a impunidade é soberana, a perseguição à oposição é feita de forma criminosa e o querer perpetuar-se no poder é a prioridade, em detrimento do bem estar do povo", conclui o partido em comunicado de imprensa.