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No Alto Tâmega operacionais posicionados nos fogos com mais risco junto a casas

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O subcomandante regional da Proteção Civil do Alto Tâmega disse hoje que os cerca de 300 operacionais disponíveis vão ser distribuídos pelos fogos que representem mais preocupações a nível de habitações em Chaves e Vila Pouca de Aguiar.

"O dispositivo não é muito, mas o que há vai ser diluído pelas ocorrências que sejam mais preocupantes em termos das habitações", afirmou Artur Mota.

Desde segunda-feira que este território do norte do distrito de Vila Real está a ser atingido por vários incêndios principalmente no concelho de Vila Pouca de Aguiar, mas também em Chaves.

Segundo o comandante, esta manhã havia seis fogos ativos e cerca de 300 operacionais disponíveis.

"Durante a noite alguns dos homens estiveram a descansar e durante a manhã serão posicionados de forma a dar prioridade à defesa das populações e estarem preparados para quando os fogos reativarem", referiu.

Artur Mota referiu que, durante a noite, a situação acalmou devido às condições meteorológicas mais favoráveis, com a descida de temperatura e mais humidade, no entanto prevê-se um agravar da situação com a subida da temperatura e os ventos fortes.

Em Vila Pouca de Aguiar os incêndios deflagraram em pontos distintos do concelho, nas zonas de Bornes de Aguiar, Vreia de Jales e Sabroso de Aguiar, sendo que esta foi a zona que mais preocupação causou durante a noite.

"É o que acaba por estar mais ativo e ter mais habitações por perto", referiu Artur Mota.

De Sabroso, onde lavrou perto de habitações, o fogo está a subir para a zona de Vilela da Cabugueira.

Em Chaves, o fogo que atingiu maiores proporções é o que lavra no planalto de Monforte.

De Vila Pouca de Aguiar as chamas galgaram para o concelho de Vila Real, por Covelo e Samardã, área onde o fogo avançou com intensidade e velocidade durante a noite, mas os bombeiros conseguiram controlar a frente que seguia em direção a Vilarinho da Samardã.

Fonte no terreno disse que o vento forte que está previsto para hoje é uma preocupação para os operacionais que preveem um agravar da situação ao longo da manhã.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que na região norte e centro, atingida pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.   

Mais de 4.400 operacionais, apoiados por 1.600 meios terrestres, continuavam às 08:00 de hoje a combater cerca de 50 fogos rurais em Portugal continental, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Às 07:45 estavam ativos 46 incêndios no território continental que eram combatidos por 4.492 operacionais, segundo a informação disponível na página oficial da ANEPC na Internet.

O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.