Duas crianças já receberam alta hospitalar após incidente em escola na Azambuja
Duas das quatro crianças que deram entrada no serviço de emergência do Hospital de Vila Franca de Xira, após serem esfaqueadas por um colega numa escola na Azambuja, já tiveram alta, disseram hoje as autoridades de saúde.
"O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo informa que deram entrada no serviço de urgência do Hospital de Vila Franca de Xira quatro crianças feridas (três raparigas e um rapaz) decorrentes do incidente na escola básica da Azambuja", indicou a nota.
Segundo o comunicado, "dos quatro feridos avaliados no Hospital de Vila Franca de Xira, dois tiveram alta ao final da tarde (duas raparigas) e dois (um rapaz e uma rapariga) mantêm-se em vigilância nos Serviço de Pediatria" do mesmo hospital.
"Informa-se, ainda, que a Unidade Local de Saúde Estuário do Tejo disponibilizou apoio psicológico quer aos familiares, quer às crianças. Foi também disponibilizada, pelo presidente do Conselho de Administração da ULSTEJO, quer ao presidente do Município de Azambuja, quer à direção da escola, uma equipa de psicólogos clínicos para prestar apoio imediato à comunidade escolar da Escola Básica de Azambuja", sublinhou ainda a nota.
O aluno de 12 anos que esfaqueou hoje "aleatoriamente" seis colegas da escola básica de Azambuja, um dos quais com gravidade, tinha vestido um colete antibala, disse à Lusa o presidente da autarquia do distrito de Lisboa, Silvino Lúcio.
Numa nota, a autarquia informou que, às 13:34, foi dado o alerta para uma "ocorrência de agressão na escola básica de Azambuja" e que um estudante de 12 anos, "através da utilização de uma arma branca, feriu aleatoriamente seis alunos com idades entre os 11 e os 14 anos".
As vítimas foram "encaminhadas para o Hospital de Vila Franca, mas houve uma que teve de ser reavaliada a sua situação clínica, que é a que merece mais cuidados, e foi encaminhada para Santa Maria", em Lisboa, avançou Silvino Lúcio.
Enquanto o agressor foi agarrado e mantido numa sala de aula, onde ficou à guarda de elementos da GNR, até ser interrogado pela Polícia Judiciária (PJ), a escola foi encerrada e chamados os pais dos alunos.
A diretora da escola, Maria Madalena Miranda Tavares, declarou, numa nota, que a escola irá reabrir na quarta-feira, no horário normal.
Segundo a diretora, estarão, a partir da manhã de quarta-feira, equipas de psicólogos na escola para apoiar "os alunos, professores e assistentes operacionais".