Fogos em Cabeceiras de Basto e Póvoa de Lanhoso com casas na linha de fogo
Os incêndios de Cabeceiras de Basto e Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga, preocupam a Proteção Civil por haver casas na linha de fogo e pelo risco de propagação a uma mancha florestal contígua de vários hectares.
Num balanço feito à agência Lusa, pelas 18:50, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave contou que o incêndio que deflagrou na noite de segunda-feira nas freguesias de Gondiães e Vilar de Cunhas, em Cabeceiras de Basto, chegou a cercar a aldeia de Samão, obrigando os moradores a refugiarem-se num abrigo previamente definido no âmbito do Programa Aldeias Seguras.
Rui Costa acrescentou que os populares continuam confinados a esse abrigo e que só vão regressar às respetivas habitações quando estiverem reunidas as condições de segurança.
Pelas 19:00, este incêndio estava a ser combatido por 63 operacionais apoiados por 26 viaturas.
O outro incêndio que preocupa a Proteção Civil na região do Ave é o que lavra desde as 16:20 de segunda-feira, e que teve início em Rendufinho, Monte de S. Mamede, estando, pelas 19:00, a ser combatido por 62 operacionais apoiados por 19 viaturas.
De acordo com o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave, o incêndio que já atingiu a Serra de São Mamede, Geraz do Minho e Sobradelo da Goma, à semelhança do fogo em Cabeceiras de Basto, tem casas na linha de fogo e um elevado potencial de desenvolvimento e propagação.
"Estes incêndios são preocupantes por terem casas na linha de fogo, pois trata-se de casas dispersas pelas zonas da mancha florestal, o que complica o combate às chamas. Por outro lado, têm um potencial de desenvolvimento para se propagarem a uma mancha florestal contígua de vários hectares", sublinhou Rui Costa, dando conta da possibilidade de o incêndio da Póvoa de Lanhoso passar para concelhos vizinhos.
A principal preocupação "é a proteçao das habitações" que estão na linha de fogo, disse ainda este responsável da Proteção Civil, antevendo mais uma noite e uma madrugada de combate às chamas e de preocupação para as populações.
O comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave disse que há ainda incêndios ativos na região, nos concelhos de Fafe e de Guimarães.
O Governo prolongou a declaração de situação de alerta até ao final do dia de quinta-feira, face às previsões meteorológicas, adiantou na segunda-feira o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
"Face à situação operacional e ao não desagravamento da situação meteorológica, o Governo vai prolongar a declaração de situação de alerta até às 23:59 do próximo dia 19, ou seja, quinta-feira", disse André Fernandes, comandante nacional da ANEPC.