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Madeira

"Não existe um aumento de criminalidade" na Madeira

Novo comandante da PSP Madeira quer dar continuidade trabalho que tem sido desenvolvido

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Fotos DR

O novo comandante da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Madeira, Ricardo Matos, foi esta manhã recebido pelo Representante da República, para apresentação de cumprimentos, e delineou as suas principais prioridades para o novo cargo assumido, destacando a importância de dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado.

"As minhas prioridades são dar continuidade ao bom trabalho que tem sido feito pela PSP. Tenho imensa confiança no anterior comandante, e sei que os seus seis anos de mandato foram produtivos, com resultados que corresponderam às expectativas. Espero continuar esse trabalho”, afirmou, expressando satisfação com o legado deixado.

Ao ser questionado pelos jornalistas sobre as necessidades que encontrou na sua nova função, Ricardo Matos optou por um tom cauteloso, afirmando que ainda está a inteirar-se das particularidades da Região. "É muito cedo para me pronunciar sobre necessidades ou carências. Estou a inteirar-me dos principais problemas, mas, pelo que conheço até agora, o número de efectivos responde às expectativas. Em relação às instalações e meios policiais, como viaturas e armas, o comando está bem equipado”, explicou, destacando ainda o novo Centro de Comando e Controlo, que considera estar entre os mais modernos do país.

Quando questionado sobre segurança pública, o comandante foi claro ao afirmar que, de acordo com os dados disponíveis, não há um aumento significativo da criminalidade. "Os números que tenho indicam que o número de participações criminais têm-se mantido. Há um ligeiro aumento na criminalidade violenta e grave, mas são dados ainda parciais, de meio ano. Quando falo de aumento, é algo muito pequeno, nada que seja alarmante ou preocupante", esclareceu, à margem da audiência no Palácio de São Lourenço.

Em relação à sinistralidade rodoviária, Ricardo Matos também minimizou a ideia de um aumento de acidentes, mencionando que, apesar de alguns episódios graves recentes, o número de ocorrências é inferior ao do ano anterior. "Os acidentes podem ter maior visibilidade, mas os dados que temos apontam para um número inferior de acidentes em comparação com o ano passado. Tivemos um conjunto de acidentes com consequências graves, o que lamento profundamente, mas estou convencido de que o número de feridos graves e mortes não ultrapassará o que tivemos no ano anterior", afirmou, reforçando que a prevenção e a sensibilização dos condutores continuam a ser as principais armas no combate à sinistralidade, sobretudo no que se refere à condução perigosa e ao consumo de álcool ou substâncias ilícitas.

Sobre o consumo de drogas na Região, o superintendente afirmou que a PSP está atenta e já tem medidas em curso para combater o fenómeno. "Faz parte da nossa missão, e estamos a continuar esse esforço. Já ocorreram algumas operações de apreensão de drogas desde a minha chegada, e o combate ao consumo vai continuar, especialmente com foco na sensibilização dos mais jovens”, assegurou. No entanto, preferiu não avançar com detalhes sobre a implementação de novas medidas, salientando que o trabalho já desenvolvido pode ser reforçado.