PS considera que PSD está "em queda livre" e que pretende "golpada para garantir a sobrevivência"
O PS criticou, esta manhã, a proposta de revisão da Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira apresentada pelo PSD. Os socialistas consideram que a mesma representa uma “golpada”, de modo a que aquele partido garanta a sua sobrevivência e possa voltar às maiorias absolutas que tem vindo a perder desde 2019.
Paulo Cafôfo, numa conferência de imprensa, acusou o PSD-Madeira de só pensar em si e de ter medo do voto popular. “Eu diria mesmo que nem Maduro fazia igual na Venezuela”, disse, manifestando a oposição dos socialistas à proposta social-democrata, que “quer criar círculos concelhios e um círculo de compensação para atacar a representatividade partidária no Parlamento”.
O presidente do PS considera que o PSD está em desespero e, por isso, "procura, na secretaria, dar uma golpada típica dos regimes totalitários". "A única intenção do PSD, estando em queda livre, seja no número de votos, seja na perda de maioria absolutas, é dar esta golpada”, reforçou.
Nesse sentido, ontem, foi entregue uma proposta de revisão da Lei Eleitoral, concebida pelo PS, em que se prevê os actuais 47 deputados, e um círculo da Emigração, com dois deputados. Os socialistas consideram fundamental o cumprimento da lei da paridade na composição das listas para as eleições regionais, bem como, ainda, o voto antecipado em mobilidade.
A proposta do PS garante a devida representatividade partidária no Parlamento, um modelo que tem benefícios, porque teremos uma melhor democracia, uma maior representatividade e a probabilidade de alternância política na Região, coisa que o PSD não quer. Paulo Cafôfo
Reforçando as críticas ao PSD, Paulo Cafôfo fez notar o facto de, na Comissão Eventual para o Aprofundamento da Autonomia e Reforma do Sistema Político, a prioridade dos sociais-democratas não ter sido a revisão da Lei das Finanças Regionais, para a qual já havia um texto comum aprovado em 2022 na ALRAM. Algo que, observou, revela que “o PSD não quer aprofundar a Autonomia, não quer verdadeiramente baixar os impostos e só está preocupado com a sua sobrevivência, fazendo a alteração da lei para tentar ter as maiorias absolutas que não consegue ter com a lei actual”.