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Madeira

Mega-operação da PJ faz 25 buscas em vários organismos na Madeira

Estão em causa os crimes de participação económica em negócio, recebimento indevido de vantagem, financiamento partidário e prevaricação

A Câmara Municipal da Calheta é uma das visadas pela investigação.
A Câmara Municipal da Calheta é uma das visadas pela investigação.

Uma equipa de inspectores da Polícia Judiciária (PJ), acompanhada de um magistrado do Ministério Público, está a realizar buscas em vários organismos públicos e em pelo menos uma empresa privada, localizados em diferentes pontos da Região Autónoma da Madeira, no âmbito de uma investigação judicial relacionada com contratos públicos e relações comerciais. O inquérito está a ser conduzido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), com sede em Lisboa.

Segundo apurou o DIÁRIO, os inspectores da PJ estão desde a manhã de hoje a dar cumprimento a 25 mandados de busca e apreensão em organismos públicos como em quatro secretarias da tutela do Governo Regional - Secretaria Regional de Saúde e Protecção Civil, Secretaria Regional de Finanças, Secretaria Regional dos Equipamentos e Infra-estruturas, Secretaria Regional da Agricultura, Pescas e Ambiente.

As diligências estão também a decorrer em empresas públicas da esfera governamental, como 'Águas e Resíduos da Madeira' (ARM), Administração dos Portos da Madeira (APRAM), Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR), Programa de Desenvolvimento Rural da RAM (PRODERAM) e ainda duas câmaras municipais - Funchal e Calheta.

Em causa estão suspeitas de irregularidades contratuais estabelecidas no período compreendido entre 2020 e 2024, num valor superior a um milhão de euros. Na mira da PJ estão quatro crimes: participação económica em negócio, recebimento indevido de vantagem, financiamento partidário e prevaricação.

Sabe-se que entre os visados nesta grande investigação estão sociedades detidas pelo empresário Humberto Drumond.