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Madeira

PAN requer audição parlamentar sobre o caso do Lince

Mónica Freitas garante que não vai deixar o caso cair no esquecimento

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O Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) requereu à 3.ª Comissão Especializada Permanente de Ambiente, Clima e Recursos Naturais da Assembleia Legislativa da Madeira uma audição parlamentar para averiguar os contornos do caso do Lince-do-Deserto, Bores.

"Não vamos deixar que este caso caia no esquecimento e que não se apurem as devidas responsabilidades. Há mais de 20 mil pessoas que merecem saber o desfecho deste caso, e todos os partidos políticos têm a responsabilidade de averiguar os acontecimentos e garantir que aprendemos com os erros cometidos", afirma a deputada única do partido, Mónica Freitas, avançando que pretende ouvir na audição parlamentar "as diferentes entidades responsáveis pela entrada de animais na Região, as entidades de fiscalização e as entidades governativas que têm o dever de salvaguardar o bem-estar animal".

Em nota emitida, o PAN Madeira explica que propõe a audição ao presidente do IFCN, ao presidente da Delegação Regional da Ordem dos Médicos Veterinários, ao responsável pela Empresa TFALCON Madeira – Unipessoal Lda, à Direcção de Serviços de Alimentação e Veterinária (DSAV), à Associação Ajuda a Alimentar Cães, ao Provedor do Animal, à Alfândega do Funchal, à Polícia Marítima e à Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente.

"Requeremos ainda pela Assembleia, o auto de notícia e o relatório da necropsia assim como demais documentos úteis para uma melhor análise e conhecimento de toda a situação. É preciso refletir sobre como entram este tipo de animais na Madeira, atendendo que o lince não é caso único, que medidas existem para controlar e fiscalizar esta situação, a forma de atuação dos médico-veterinários nestas situações e acima de tudo a responsabilidade governativa."

O partido relembra que esteve ao corrente da situação, solicitando, na altura, pareceres à Ordem dos Médico Veterinários e a entidades independentes sobre os cuidados a ter com este tipo de espécies.

O PAN solicitou de imediato, após a morte do lince, que fosse realizada uma necropsia para apuramento de responsabilidades. O desfecho não se tornou público, tendo a situação caído no esquecimento, mas o PAN não esquece a causa animal e continuará a dar voz a quem não tem voz.  PAN

O partido Pessoas-Animais-Natureza reforçar a importância da criação "de um santuário na Região, de forma a ter condições para recolher e acolher estes animais, não ficando assim dependente de acordos com entidades privadas".