Presidência húngara da UE activa mecanismo de crises por cheias na Europa central
A presidência húngara do Conselho da União Europeia (UE) decidiu hoje ativar o Mecanismo Integrado de Resposta Política a Situações de Crise (IPCR) pelas inundações na Europa central, visando assegurar coordenação entre os peritos nacionais e instituições europeias.
"Em reação à emergência das inundações que afetam a Áustria, a República Checa, a Alemanha, a Hungria, a Polónia, a Roménia, a Eslováquia e a Eslovénia, a presidência húngara do Conselho da UE acionou a utilização do mecanismo integrado de resposta política a crises IPCR", indica Budapeste numa publicação na rede social X.
De acordo com a liderança rotativa semestral húngara, "esta medida reforça a capacidade da UE para racionalizar a partilha de informações, facilitar a colaboração e coordenar as respostas a crises a nível político".
Uma primeira iniciativa é, desde logo, uma reunião marcada para terça-feira entre peritos nacionais em gestão de catástrofes e as instituições e serviços relevantes da UE, incluindo o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência, adianta a Hungria.
Precisamente devido ao impacto daquelas que podem ser as piores inundações em 20 anos na Europa central, a intervenção no plenário do Parlamento Europeu do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que estava marcada para quarta-feira após dois meses de presidência europeia húngara, será adiada para uma próxima sessão.
A UE tem vindo a manifestar solidariedade com as vítimas das inundações dos últimos dias na Hungria, Polónia, Roménia, República Checa, Eslováquia e Áustria, cujas consequências têm sido devastadoras, prometendo apoio.
Criado há 22 anos, o IPCR traduz-se numa plataforma de intercâmbio de informações e de coordenação da ação entre os Estados membros em caso de grave crise.