Greve dos pilotos de barra e portos com adesão de 100% no primeiro dia
A greve dos pilotos de barra e portos está a registar, no primeiro dia, uma adesão de 100%, mas o sindicato diz estar aberto a analisar uma proposta do Governo, adiantou à Lusa Eduardo Chagas, dirigente do Oficiaismar.
"Como esperávamos e como aconteceu nas greves anteriores, a greve está a ter uma adesão de 100%, não temos notícia de qualquer navio que tenha saído, a não ser aqueles que estão cobertos pelos serviços mínimos", adiantou o dirigente sindical.
Estes trabalhadores continuam a reivindicar o acesso à pré-reforma a partir dos 60 anos e à reforma a partir dos 65, em função do risco e do desgaste da atividade.
Caso não seja resolvida a questão, Eduardo Chagas admitiu "começar a pensar numa outra fase mais dura de greve, eventualmente começando por uma semana consecutiva".
O primeiro período de greve começou às 07:00 de hoje e prolonga-se até quarta-feira.
A partir das 07:00 do dia 23 de setembro até à mesma hora de dia 25, os pilotos de barra e portos voltam a parar.
Está também agendado um terceiro período de greve, que vai decorrer entre 30 de setembro e 02 de outubro, sendo a hora de início e de fim igual à dos restantes períodos.
O dirigente sindical lembrou que este acordo já esteve numa fase avançada, mas que esse trabalho acabou por ser interrompido com a mudança de Governo.
"Quando chegamos ao final de julho, não havia qualquer evolução e os pilotos em plenário decidiram marcar estes dias de greve", indicando que a paralisação foi marcada com um mês de antecedência, porque estavam convencidos que o executivo "teria tempo suficiente para dar corpo a uma proposta concreta" que levasse à suspensão da greve. Mas isso não aconteceu.
Os sindicatos aguardam agora uma proposta, esta semana, para poderem levar aos associados, admitindo suspender os protestos, caso consigam chegar a acordo.
A greve foi convocada pelo sindicatos dos Capitães, Oficiais Pilotos, Comissários e Engenheiros da Marinha Mercante (Oficiaismar)/Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e Sindicato de Capitães e Oficiais da Marinha Mercante (Sincomar).