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Madeira

Audição parlamentar "pode estar ferida de ilegalidade", diz Sancha Campanella

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Na primeira audição parlamentar no âmbito dos incêndios que, durante 10 dias arrasaram mais de 5 mil hectares de floresta e mato na Madeira, no mês passado, a deputada Sancha Campanella, do Partido Socialista, diz que esta audição parlamentar pode estar "ferida de ilegalidade", visto o PS ter anunciado o requerimento de uma comissão parlamentar de inquérito para apurar responsabilidades no combate aos incêndios. 

Afirma que não podem existir duas comissões com o mesmo objectivo, resultando Na exaustão política. "Não queremos ouvir duas vezes as mesmas pessoas".

A dirigir a sessão está Lina Pereira, deputada do JPP, que esclarece que esta audição parlamentar foi deliberada no dia 26 de Agosto, antes do requerimento da comissão de inquérito parlamentar. 

"Está a decorrer com o normal funcionamento", disse.

Já Élvio Sousa, também do Juntos Pelo Povo, aponta que audição parlamentar é uma coisa e comissão parlamentar é outra e que "uma não invalida a outra". 

O PS, através de um requerimento oral, pediu para cancelar as restantes audições parlamentares previstas no âmbito da Comissão Parlamentar especializada de saúde e protecção civil, que foi aprovado, com voto contra do JPP abstenção do CDS.

Neste sentido, os responsáveis que iam ser ouvidos vão ser, então, inquiridos pela Comissão de Inquérito proposta pelo PS. Na lista de responsáveis a serem ouvidos estarão o secretário regional da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, bem como o presidente do Serviço Regional de Protecção Civil, António Nunes.