Oposição venezuelana exige libertação imediata dos presos políticos
O maior bloco de oposição da Venezuela, a Plataforma Democrática Unida (PUD), exigiu no domingo a libertação "imediata" de "todos os presos políticos", incluindo o ex-deputado Freddy Superlano, detido a 30 de julho.
"Exigimos, da Plataforma Unitária, a sua libertação imediata e o respeito pelos seus direitos humanos. Todos os presos políticos na Venezuela devem ser libertados, porque fazer política não é um crime", escreveu a aliança na rede social X, onde partilhou uma fotografia do antigo deputado, que foi, disse, detido "pelo Sebin [Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional]".
Freddy Superlano é também dirigente nacional do partido de Leopoldo López, Vontade Popular (VP), que apoiou a candidatura de Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais Nicolás Maduro foi proclamado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), um resultado que a PUD considerou fraudulento.
A 05 de setembro, o procurador-geral, Tarek William Saab, disse que Freddy Superlano e os opositores Perkins Rocha e Biaggio Pilieri - também detidos - estão a ser investigados por terem "endossado", "verificado", "divulgado" e "difundido como verdadeira" a página na internet em que a PUD publicou os "83,5% dos resultados" que afirma ter recolhido e que - insiste a PUD - refletem a "vitória" de González Urrutia, exilado em Espanha desde há uma semana.
A Procuradoria também abriu uma investigação contra o dirigente da PUD por supostamente ter incorrido em "usurpação de funções", "falsificação de documento público", "instigação à desobediência das leis", "conspiração", entre outros crimes, um caso que a sua defesa espera que seja encerrado em breve, após a saída do país do líder da oposição da Venezuela.