Não há maior valor do que a liberdade…

A liberdade é, no meu entender, o alicerce da condição humana. Não é por acaso que, ao longo da história, homens e mulheres, de diferentes épocas e lugares, lutaram incansavelmente por ela. Da Grécia antiga, onde a democracia dava os primeiros passos, até aos movimentos de independência em África e na América Latina, a liberdade sempre foi o objetivo final.

Mas o que significa, verdadeiramente, a liberdade?

Vivemos numa era em que o conceito de liberdade é muitas vezes tomado por garantido, especialmente nas sociedades democráticas. Podemos circular, expressar opiniões, escolher quem queremos ser e como queremos viver. No entanto, a liberdade vai muito além da mera ausência de correntes ou prisões físicas. Trata-se, sobretudo, da autonomia de pensamento, da capacidade de agir em consonância com as nossas próprias crenças e valores, sem medo de represálias.

Ainda assim, a liberdade carrega consigo uma responsabilidade que nem todos estão dispostos a aceitar. Ser livre implica tomar decisões e arcar com as consequências dessas escolhas. Implica respeitar a liberdade dos outros, mesmo quando os seus caminhos divergem dos nossos. Implica viver com empatia, sabedoria e, acima de tudo, coragem.

Infelizmente, em muitos cantos do mundo, a liberdade continua a ser uma miragem.

Regimes autoritários, ditaduras, e até mesmo sociedades modernas, com as suas próprias formas subtis de repressão, mostram-nos que a liberdade é um bem frágil, sempre em risco de se perder. Quando a perdemos, compreendemos, talvez tarde demais, que não há maior valor.

A liberdade não pode ser comprada, nem forçada. É conquistada, preservada e valorizada a cada dia. O ser humano, por natureza, procura a liberdade, porque ela é a sua essência. Sem ela, não somos verdadeiramente humanos, mas simples autómatos num mundo cinzento, onde o pensar é perigoso e o sonhar é proibido.

Vivemos num tempo em que a liberdade de expressão, de movimento, de pensamento… está constantemente sob ameaça – seja por leis injustas, por censura ou pelo medo de ser diferente. Cabe-nos a todos, como sociedade, lutar para que ela não se desvaneça, para que as gerações futuras possam viver num mundo onde ser livre seja um direito e não um privilégio.

Não há maior valor do que a liberdade, porque a liberdade permite-nos ser quem somos, sonhar com o que queremos e, acima de tudo, vivermos feliz!

Procurem viver sempre em liberdade... com responsabilidade!

Ser livre é ser só destino,

Um caminho sem saber,

Mas com a sede de querer

O que a alma ainda imagina.

Termino dizendo…

“Amo demais a minha liberdade para nunca prejudicar a dos outros!” Saint-Exupéry

José Augusto de Sousa Martins