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Madeira

PAN lamenta "desvirtuamento" da taxa turística

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O PAN considera que a decisão de devolver 2.5% da taxa turística às unidades hoteleiras e de alojamento local, por parte da Câmara Municipal do Funchal, representa uma oportunidade perdida para a promoção do ambiente e para o benefício dos munícipes. O partido, através de comunicado, demonstra preocupação com essa decisão e fala em desvirtuamento da taxa.

"Lamentamos que esta decisão, que já era esperada há algum tempo, não tenha sido reconsiderada, apesar dos apelos para que a taxa turística fosse utilizada para fortalecer a proteção ambiental da nossa região", afirma o partido, indicando que "defendeu que esta taxa deveria ser aplicada a nível regional e direccionada para a preservação do nosso principal atractivo turístico – a natureza".

No entanto, o PAN considera que "o debate tem-se focado em seguir o exemplo de outros municípios, em vez de aproveitar esta oportunidade para implementar medidas inovadoras e verdadeiramente focadas no meio ambiente".

O partido diz ser particularmente preocupante o facto da decisão surgir num momento em que a Região ainda se recupera dos incêndios que devastaram milhares de hectares de natureza. " Em vez de utilizar a taxa turística para reforçar o investimento em infraestruturas ambientais, a prioridade parece estar na compensação dos sectores que já beneficiam amplamente do crescimento do turismo", diz.

“Perdemos uma oportunidade de ouro para fortalecer o investimento na área ambiental e nos espaços verdes, fundamentais para o bem-estar da comunidade e para enfrentar os desafios das alterações climáticas. Num momento em que a nossa natureza foi severamente afectada, é urgente dar prioridade ao reforço dos recursos humanos e materiais na área ambiental",  refere Válter Ramos, Comissário Político do PAN Madeira.

O PAN Madeira reafirma a sua posição de que a taxa turística deve contribuir para um fundo ambiental, permitindo investimentos concretos na recuperação das nossas florestas, jardins e espaços naturais. "Defendemos que é preciso mais formação, mais recursos e mais compromisso por parte das autarquias para com a preservação ambiental. O caminho para um futuro sustentável exige responsabilidade e acção conjunta, e acreditamos que os cidadãos estão cada vez mais atentos e preocupados com estas questões", termina.