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Madeira

ADN defende proibição do uso de telemóveis nas escolas

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O partido ADN mostra-se contra o uso de telemóveis nas escolas e lamenta que, a nível regional, não se tenha seguido a indicação nacional e proibido o uso desses dispositivos electrónicos nos estabelecimentos de ensino. Para o partido, essa decisão "colocará em risco a qualidade do ensino na RAM e deixa os estabelecimentos de ensino numa posição fragilizada para uma eventual proibição sem o 'aval' do Governo Regional nesse sentido".

O ADN-Madeira mostra-se muito preocupado com o facto de ser possível um aluno gravar uma aula ou mesmo captar imagens sem autorização ou conhecimento do professor, colocando em causa os direitos de protecção de dados e imagem de todos os presentes, em que será também possível recorrer a ferramentas online (Apps) nos telemóveis, como é o caso da IA – Inteligência Artificial, que irão deturpar a real capacidade dos alunos nos trabalhos escolares, assim como colocarão o docente numa posição de difícil análise das reais capacidades dos alunos nas salas de aula.   ADN

O partido, em comunicado, alerta ainda para o risco do envio de mensagens durante as aulas, "assim como efectuar chamadas de voz ou de imagem de forma clandestina, em que por exemplo numa aulas de revisões ou mesmo teste escrito, o aluno possa em tempo real enviar para fora da sala de aula informações privilegiadas que irão facilitar outros alunos que eventualmente tenham os seus testes ou exames de seguida".

Por este motivo, o ADN considera que a decisão do Governo Regional representa "uma tremenda falta de respeito e consequente perda de autoridade para uma importante classe profissional cada vez mais subvalorizada nos tempos actuais, como é o caso dos nossos professores". 

"Perante esta incapacidade governativa na RAM em mais este tema, o ADN-Madeira apela aos pais e encarregados de educação, que sensibilizem os seus filhos para o bom senso e responsabilidade de eles voluntariamente não utilizarem os seus telemóveis nas salas de aula para efeitos desapropriados e que respeitem não só os docentes, como até mesmo os progenitores que investem na educação dos seus descendentes", revela o partido.

Por fim, diz lamentar que "o factor Autonomia que a RAM beneficia em relação a todo o restante território Nacional, seja usado desta forma leviana, muito deficiente e prejudicial para a qualidade de ensino dos nossos jovens que representam as nossas gerações futuras em termos sociais e profissionais, pois esta forma de actuar do nosso Governo Regional representa um total facilitismo e comodismo numa matéria muito importante como é o Ensino".