Assuntos diversos

Nos anos de 1960, tempo em que havia a Circunscrição Florestal da Madeira, cujo diretor era o Senhor Engenheiro Campos de Andrada, sendo o chefe dos guardas da florestal o Senhor Eng.° Franquinho, ambos que vieram de Sintra - Lisboa - Portugal, para velarem pelo nosso grande património da floresta Laurissilva.

Também havia os trabalhadores que faziam a limpeza da floresta; os cantoneiros para limparem as bermas das estradas e as suas levadas, com o curso das águas para os ribeiros e as ribeiras, ou para os tanques de rega.

Nesse tempo havia zonas demarcadas nas serras, circunscritas ao pastoreio do gado; não podendo o gado sair da zona Circunscrita.

Quando em passeios de campismo, percorriamos as serras; e para reduzir as distâncias, subíamos e desciamos as cercas de varas de pinheiros ou de eucaliptos.

Escusado será dizer que as serras se encontravam limpas e, raramente, havia lume nas serras.

Quando havia qualquer foco de incêndio, eram as pessoas que estavam vigilantes e as populações das proximidades, que apagavam os incêndios; não permitindo que o lume se alastrasse muito do local.

Após o 25 de Abril de 1974, foi o descalabro nas serras da Ilha da Madeira, visto haver a desorganização das nossas serras, e a maior indisciplina do seu povo, destruindo as barreiras que circunscreviam as áreas de pasto do gado, que as pastavam.

No DN de 31 de agosto do corrente ano, página 4, em Região, com o título: “Há 74 milhões a mais nos cofres do Governo”; estando no princípio da 2.^ coluna o seguinte:

“Aumento da receita do IVA e IRS tem dado maior folga ao Governo Regional”. Artigo do jornalista, Senhor Miguel Fernandes Luís.

Eu, José Fagundes, verifico que já lá vão umas dezenas de anos, que há má aplicação das receitas dos impostos, pagos pelos madeirenses; já desde a chefia do Dr. Alberto João Jardim.

O descalabro financeiro, quando era o presidente da RAM, o Sr. Dr. João Alberto Cardoso Jardim; era na ordem de sete mil milhões de euros, que em números de algarismos correspondem a: 7.000.000.000 de euros.

É, por este facto, que todo o cidadão madeirense; quer seja pobre, remediado, rico ou magnata; estamos a pagar 30% a mais, em todos os escalões do IVA, em relação aos portugueses de Portugal Continental.

O facto de haver 74 milhões a mais nos cofres do Governo, é que foi retirado de todos os consumidores da Ilha da Madeira e do Porto Santo.

No mesmo DN, páginas 10 e 11, com o título: “Agricultura não cativa jovens para o sector”; estando na última coluna da página 10: “Vítor Castro presidente da AJAMPS - Associação dos Jovens Agricultores da Madeira e do Porto Santo, e abaixo: Mariana Gonçalves especialista em agricultura biológica.e na página 11, em destaque: “O nosso objectivo é que se crie jovens empresários agrícolas”, diz o Sr. Eng.° Vitor Castro e a Sra. Eng.ª diz que: “É preciso muito esforço físico e muito tempo dedicado”.

Não há nenhumas dúvidas, que para o setor agrícola da Madeira, dar os bons resultados, é necessário criar as melhores condições, para a exploração dos bons terrenos, que estão abandonados, criando as condições para a auto combustão, facilitando as condições, para haver os incêndios no mato seco; visto não estarem os terrenos cultivados, causando grandes danos à Região Autónoma da Madeira.

No DN de 1 de setembro do corrente ano, página 2, com o título: “Cuidar da Terra”; entrevista do jornalista, Sr. Rúben Santos, com a licenciada em Ecoturismo e os princípios ecológicos, com a foto da Senhora Débora Costa; junto da sua carrinha, estando em letra pequena, sobre o fundo azul, o seguinte: “Santa-cruzense tem 30 anos de idade e guarda o sonho de voltar à Madeira para abrir uma quinta de permacultura”.

Como esta jovem madeirense classificada, há milhares de jovens madeirense, tantos rapazes como raparigas, com altas qualificações, espalhados por muitos países do nosso planeta, visto na sua terra de nascimento, não lhes darem o devido valor, para que as melhores condições de vida.

José Fagundes