Sonho

Não foi só Martin Lufter King que teve um sonho, tal como eu e muitos de nós tivemos e continuamos a alimentar muitos sonhos. O 25 de Abril fez-nos sonhar, depositou em muitos de nós a esperança de reconstruir um país supostamente atrasado, com (uma escola em cada distrito, um hospital em cada conselho e um aeroporto em cada uma das cidades mais importantes do país), com a maior indústria naval do mundo e a 5° maior económica do mundo entre outras coisas [negativas]. O primeiro golpe para a destruição da economia do país foi, a tentativa da implementação duma ditadura de esquerda que só não vingou graças a meia dúzia de corajosos que alguns deles mais tarde foram eliminados, para manter a perspetiva do continuar do projeto e que se mantem firme no preâmbulo da Constituição da República, construir uma sociedade rumo ao Socialismo, o qual queremos ansiosamente mudar para a construção duma sociedade democrática e livre.

Mas está mais que provadas as palavras de Margareth Tatcher, o Socialismo prevalece enquanto houver dinheiro do povo que trabalha. Por isso a degradação a que Portugal chegou e por inerência a nossa região, precisa urgentemente do empenho e determinação de cidadãos corajosos para por termo às sucessivas traições a que ao longo de quase 50 anos de democracia e no caso da Madeira, da hegemonia dum só partido a que fomos sujeitos, por falta de cultura democrática do nosso povo. Chegou a hora de definir planos, ou mudamos o sistema, ou tudo continuará como está caminhando para o abismo e a catástrofe política e financeira. Estamos empenhados em manter firme os nossos propósitos porque às vezes sob os destroços de um projeto constroem-se grandes obras, os alicerces estão abertos e as bases lançadas, reforçar essas bases para suportar o projeto que queremos construir, pois a sociedade na sua maioria anseia tudo aquilo que a reboque dessas necessidades nós defendemos, promovemos e lutamos. Para construir um grande exército à sua frente marcham sempre os mais corajosos e se o general sentir esse apoio e essa força, marchará firme e confiante que a vitória está ao nosso alcance. Vamos acreditar que é possível mudar o paradigma político em Portugal e sobre tudo na Região Autónoma da Madeira tomada politicamente por oportunistas , vigaristas, malabaristas e corruptos, pois com a força do povo e a determinação dos corajosos podemos conseguir devolver a democracia aos cidadãos.

A. J. Ferreira