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Lula apela aos países ricos financiamento à Amazónia em plena vaga de incêndios

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O Presidente brasileiro, Lula da Silva, apelou hoje aos países ricos que financiem a proteção da Amazónia, num momento em que a maior floresta tropical do mundo enfrenta uma onda de incêndios.

Em entrevista à Rádio Norte FM, após uma viagem ao estado do Amazonas para ver os efeitos da seca extrema que também está a atingir a maior floresta tropical do mundo, o chefe de Estado brasileiro alertou que "a situação é muito grave".

A seca tem deixado vários rios em mínimos históricos de água, prejudicando o transporte de medicamentos e alimentos e isolou dezenas de comunidades rurais, além de servir de combustível para a propagação de chamas.

"Temos que aproveitar esse momento em que a Amazónia, não só brasileira como da América do Sul, é a parte mais conservada do planeta Terra para que a gente receba em dinheiro para cuidar das pessoas que moram lá", disse.

Lula da Silva frisou que o país tem de "fazer os europeus e o mundo desenvolvido compreender que, debaixo de cada copa de árvore, mora uma pessoa - tem um extrativista, um seringueiro, um pescador, um indígena".

Os incêndios queimaram 6.718.025 hectares da Amazónia brasileira desde o início do ano, ou seja, 1,6% do bioma, segundo dados oficiais.

No total, 63.189 incêndios deflagraram na Amazónia brasileira entre janeiro e agosto deste ano, o dobro do número registado no mesmo período em 2023.

O Governo brasileiro suspeita que a grande maioria deles tenha sido causada pela ação humana.